A poeta Maria Lúcia Alvim morreu na quarta-feira, 3 de fevereiro, em Juiz de Fora (MG), em decorrência de complicações do coronavírus. Ela tinha 88 anos e havia sido entubada no último fim de semana. Nascida em 4 de outubro de 1932, em Araxá, Minas Gerais, é irmã dos poetas Francisco Alvim e Maria Ângela Alvim.
Maria Lúcia Alvim publicou cinco livros de poemas até os anos 1980: “XX Sonetos” (1959), “Coração Incólume” (1968), “Pose” (1968), “Romanceiro de Dona Beja” (1979) e “A Rosa Malvada” (1980). Em 1989, publicou “Vivenda”, reunindo 30 anos de sua produção poética, e seu livro seguinte, “Batendo Pasto”, o último, foi lançado no ano passado, pela Relicário Edições.
Maria Lúcia Alvim havia dado esses inéditos de 1982 a Paulo Henriques Britto com o pedido de que eles só fossem publicados depois de sua morte, e a edição, 40 anos depois de seu livro anterior, contou com a participação de outros dois poetas: Guilherme Gontijo Flores e Ricardo Domeneck. Houve um grande esforço de convencimento, e, por fim, reconhecimento em vida. Na ocasião, Maria Lúcia deu entrevistas e gravou vídeos lendo seus poemas.