Tribuna Ribeirão
Cultura

Pó de Café apresenta o show ‘Standards’

THIAGO MONTEIRO

Nesta quinta-feira, 1º de abril, às 20 horas, o grupo Pó de Café vai transmitir o terceiro de seis shows onli­ne gravados com recursos recebidos da Lei Aldir Blanc pelo Programa de Ação Cul­tural (ProAC) do Estado de São Paulo. Será o último da primeira fase. Os outros três ainda serão gravados e tra­rão outras temáticas, como músicas do primeiro disco e alguns convidados especiais que conviveram com o Pó de Café ao longo desses anos, como a cantora Camila Kerr.

A atração desta quinta-feira é o show “Standards”, uma co­letânea dos principais temas de jazz que o grupo tem tocado ao longo de seus onze anos de car­reira. O Pó de Café fará a trans­missão de seu canal no Youtube (www.youtube/podecafe). O primeiro show, com oito músi­cas do disco “Amérika” (2015), o segundo do grupo, foi trans­mitido em 18 de março.

Já o show “Terra”, do ter­ceiro álbum, lançado em 2017, foi a atração do dia 25 de março. O grupo Pó de Café é formado por Rubinho Antunes (trompete), Marcelo Toledo (sax), Murilo Barbosa (piano), Bruno Barbosa (bai­xo), Duda Lazarini (bateria) e Neto Braz (percussão).

Sobre o Pó de Café
O grupo começou como um encontro informal de músicos profissionais de Ribeirão Preto que tinham a intenção de explorar a musicalidade do jazz e da mú­sica instrumental. Com sucesso do evento cultural “Jazz na Coisa”, que teve mais de 70 edições em parceria com o Espaço a Coisa en­tre 2010 e 2012, surtiu o impulso para gravar o primeiro disco: “Pó de Café”, em 2013, reuniu as com­posições de alguns dos músicos convidados que passaram pelas noites do “Jazz na Coisa”.

O show de lançamento do disco “Amérika” percorreu vá­rias cidades do interior de São Paulo, participou do festival Sesc Jazz & Blues, fez parte da programação oficial da Sema­na Internacional de Música (SIM) de São Paulo, em de­zembro de 2015 e recebeu con­vite para seu primeiro festival internacional, o Jazz à laCalle, na cidade de Mercedes (Uru­guai), em janeiro de 2017.

E foi em 2017 que o grupo novamente entrou em estú­dio para registrar um terceiro disco, novamente buscando um conceito sonoro que nor­teasse a produção e resultasse em um jazz brasileiro com uma cara diferente. Partindo da ideia de homenagear as raízes do grupo ribeirão-pre­tano, o grupo pesquisou a te­mática da música “caipira” e a traduziu numa linguagem jazzística moderna.

O resultado foi surpreenden­te, e o disco teve ótima repercus­são no meio especializado. Da Folha de S. Paulo, o veterano Carlos Calado incluiu “Terra” entre os 50 melhores discos de 2017. Em 2019, o grupo Pó de Café fez uma espécie de retorno ao jazz tradicional – afinal, a ad­miração pelo jazz norte ameri­cano foi o elemento que uniu os quatro músicos originalmente – e homenageou os 60 anos do disco “Kindof blue”, do genial bandleader Miles Davis.

No show, o grupo toca as seis músicas do disco interca­ladas com comentários do crí­tico musical e humorista Rei­naldo Figueiredo. Em 2021, após praticamente um ano sem apresentações, o grupo se prepara para gravar o quarto disco com temas compostos nesse período, reforçando o projeto de celebrar o encontro das raízes musicais afro-brasi­leiras com os sons do jazz.

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