Tribuna Ribeirão
Política

PME será discutido até o mês de junho

ALLAN S. RIBEIRO/ CÂMARA

A Comissão de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia da Câmara de Vereadores começa a discutir, na próxima semana semana, o Plano Municipal de Educação (PME) enviado pela prefeitura de Ribeirão Preto no início de março para análise e votação dos parlamentares. Se­gundo a proposta do Executivo, o valor total para implantação em seis anos (de 2019 a 2024) é estimado em R$ 669,24 milhões.

Segundo os vereadores que integram a comissão, por se tratar de um tema extenso, as discussões foram divididas em oito reuni­ões com assuntos específicos. As questões técnicas serão discutidas pela Comissão de Educação, já as jurídicas, fora de sua alçada, fica­rão a cargo da Comissão de Cons­tituição, Justiça e Redação (CCJ).

A Comissão de Educação conta com os vereadores Fabiano Guimarães (DEM, presidente), André Trindade (DEM), Igor Oliveira (MDB), Luciano Mega (PDT) e João Batista (PP). Os ve­readores destacam que a comu­nidade escolar e os demais inte­ressados da sociedade civil devem participar dos debates com o obje­tivo de analisar a proposta tecnica­mente e de maneira transparente, contribuindo para que o PME seja efetivamente uma construção coletiva e que atenda as demandas da educação em Ribeirão Preto.

A comunidade poderá apre­sentar as suas contribuições por escrito à Comissão de Educação com antecedência mínima de três dias úteis antes da reunião temática já programada. Os ve­readores tiveram até 8 de abril para apresentar emendas ao plano, e a comissão terá até 30 de abril para analisar as propos­tas. As reuniões serão realizadas sempre às 18h30, na Câmara, na avenida Jerônimo Gonçalves nº 1.200, Vila República.

O Plano Municipal de Edu­cação possui 313 páginas e subs­titui o apresentado no ano passa­do pela Secretaria Municipal de Educação. Na época, a proposta acabou sendo alvo de uma ação civil pública movida pelo Minis­tério Público Estadual (MPE). O Grupo de Atuação Especial em Educação (Geduc), formado pelo MPE e Defensoria Pública, entrou com uma ação civil para barrar as alterações no PME, mas o Tribu­nal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) derrubou a liminar expedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública de Ribeirão Preto, Gustavo Müller Lorenzato, no início de setembro

A ação civil foi impetrada pelo promotor Naul Felca, responsável pelo Geduc.


Em 24 de outubro, a 2ª Câma­ra de Direito Público acatou os ar­gumentos do desembargador Al­ves Braga Júnior, relator do agravo de instrumento impetrado pela Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos – por intermédio do procurador Marcelo Tarlá Lorenzi –, e deferiu o pedido feito pela pre­feitura de Ribeirão Preto.

O Geduc defendia a manu­tenção do PME apresentado em 2015. A secretária municipal da Educação, Luciana Andrade Ro­drigues, disse em junho que as modificações em relação ao pla­no de 2015 ocorreram por res­trições orçamentárias. Segundo ela, estudos internos apontaram que o PME, do jeito que estava, traria um impacto de R$ 400 milhões aos cofres municipais. O plano elaborado em 2015 mandava a prefeitura reservar 30% da arrecadação de impos­tos para investir em educação. Atualmente, o mínimo exigido é de 25%. No novo documento, a administração retirou a obrigato­riedade do aumento.

Segundo a prefeitura, a pro­posta enviada para a Câmara foi elaborada pela Comissão Coor­denadora da Adequação do Tex­to-Base e cumpriu todas as etapas estabelecidas por lei. Uma delas, a de ter sido analisada pela Secre­taria Municipal da Fazenda para elaboração do impacto financeiro orçamentário, tendo em vista os custos gerados para a implantação do PME. Em sua justificativa, a administração municipal argu­menta que as sugestões apresenta­das nas audiências públicas e não acolhidas durante a elaboração foram devidamente fundamen­tadas em relatório elaborado pela Comissão Coordenadora.

Em relação à demora de envio para a análise dos vereadores, afir­ma que um dos fatores foi a ação judicial impetrada pelo Ministério Público que resultou em liminar e interrompeu os trabalhos para a implantação do Plano Muni­cipal da Educação. Como houve suspensão dessa liminar pelo Tri­bunal de Justiça de São Paulo (TJ/ SP), a administração municipal decidiu prosseguir com a adequa­ção do texto-base pela comissão instituída pelo decreto nº 193/18, que inclui ainda a realização das audiências públicas”, diz.

Datas das audiências na Câmara Municipal
Segunda-feira, 15 de abril
Tema: Educação Infantil
Segunda-feira, 22 de abril
Tema: Educação Fundamental e Integral
Segunda-feira, 29 de abril
Tema: Educação Especial
Segunda-feira, 6 de maio
Tema: Valorização dos profissionais da Educação e financiamento
Segunda-feira, 13 de maio
Tema: Gestão democrática
Segunda-feira, 20 de maio
Tema: Ensino Médio, Ensino Superior, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos (EJA)
Quarta-feira, 29 de maio
Tema: Mecanismos de fiscalização do cumprimento do PME
Segunda-feira, 3 de junho
Tema: Finalização dos trabalhos

Postagens relacionadas

Emenda prevê fim de subsídio a ‘afastado’

Redação 1

Temer exonera oito ministros para votar contra denúncia

Redação 1

Prefeitura pretende criar ‘táxi acessível’

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com