O governador João Doria (PSDB) anunciou para esta sexta-feira, 15 de janeiro, nova reclassificação extraordinária do Plano São Paulo, sobre as regras de quarentena para o Estado. A atualização estava prevista para acontecer em três semanas, em 5 de fevereiro – um mês após a última classificação, em 8 de janeiro –, em meio à piora dos indicadores epidemiológicos sobre o avanço da covid-19 em São Paulo.
Segundo o secretário estadual de Saúde, Jean Carlo Gorinchteyn, o Estado vive avanço da doença semelhante ao registrado em agosto do último ano, durante pico de contágio e infecções. Na terça-feira (12), o Estado registrou variação semanal – comparativo dos últimos sete dias contra os sete anteriores – positiva de 62,5% em novos casos, de 40,2% em óbitos e 24,0% em internações.
Para o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, os efeitos causados por uma eventual vacinação em massa a partir de janeiro não serão perceptíveis antes de abril. Ribeirão Preto está na fase amarela do Plano São Paulo, mas toda a região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS-XIII), que abrange mais 25 cidades, pode regredir para a faixa laranja e até para a vermelha já a partir da próxima semana, caso os indicadores melhorem ou piorem.
Para que uma região possa ascender ou retroceder de fase, o Centro Estadual de Contingência da Covid-19 avalia a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), internações e óbitos por 100 mil habitantes e incidência de casos de coronavírus, óbitos e internações. Segundo a última atualização do Plano São Paulo, a região de Ribeirão Preto tem dois índices de fase verde e três da etapa amarela.
De acordo com dados dos últimos 14 dias consolidados em 7 de janeiro, a área da DRS-XIII tinha 57,2% de ocupação de leitos de UTI e taxa de 11,8 vagas de terapia intensiva para cada 100 mil habitantes. Estes critérios têm peso maior na avaliação e colocariam a região na fase verde. Os outros três critérios do Plano São Paulo mantiveram a região na fase amarela: 181,4 novos casos para cada grupo de 100 mil habitantes, 36,7 internações para cada 100 mil moradores e 3,6 novos óbitos por 100 mil pessoas.
A fase amarela atual permite 40% de ocupação presencial para todas as atividades liberadas, incluindo parques estaduais, e expediente geral de até dez horas diárias. O atendimento presencial tem de ser encerrado às 22 horas em todos os setores. Nos bares, as portas devem fechar ao público mais cedo, às 20 horas. Atividades não essenciais que geram aglomeração, como festas, baladas e shows continuam proibidas.
Na fase vermelha podem abrir apenas estabelecimentos que prestam serviços essenciais como supermercados, padarias, açougues, bares, lanchonetes e restaurantes (desde que não haja consumo no local), farmácias, drogarias, bancos (seguindo as regras de distanciamento e higienização), postos de combustíveis, serviços de limpeza, segurança, transporte (ônibus, táxis e aplicativos) e abastecimento.
Os novos critérios de avaliação de indicadores de internações, ocupação de leitos e mortes levou o governo a endurecer a possibilidade de progressão de qualquer região novamente à fase verde do Plano São Paulo, que permite a maioria das atividades não essenciais com menos restrições de horário e público.
Cada região passa a precisar alcançar 30 internações por 100 mil habitantes e três mortes por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias, além de passar 28 dias seguidos na fase amarela antes de avançar. Os critérios de saúde na fase laranja também ficam mais rígidos. O limite máximo da taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) passa de 75% para 70% em cada região.
A região do DRS XIII é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Batatais, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luis Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana e Sertãozinho.