A maioria dos candidatos a prefeito de Ribeirão Preto recebeu nos últimos dias um documento denominado Plano Cidade. Nele estão quatro eixos, e a partir deles foram desenvolvidas trinta metas, 181 estratégias e 293 ações visando o desenvolvimento do município.
O Plano é uma construção coletiva da sociedade civil de Ribeirão Preto, assinado por 28 entidades, com 30 metas para guiarem as políticas públicas pelos próximos dez anos. Cada uma delas tem diagnósticos, estratégias e ações específicas, mostrando suas situações no presente, além de diretrizes objetivas para suas respectivas transformações positivas. Os eixos são: 1 – Modernização da gestão; 2 – Desenvolvimento econômico; 3 – Políticas sociais; e 4 – Políticas urbanas e ambientais.
Segundo a superintendente do Instituto Ribeirão 2030, Adriana Silva, o Plano Cidade partiu do pressuposto que a falta de planejamento em longo prazo deixa Ribeirão Preto à deriva. “São propostas com começo, meio e fim. Têm objetivos, metas, estratégias e ações”, explica Adriana. Segundo ela, poucos candidatos não receberam o Plano por conta de suas agendas, mas que a entidade tem agenda disponível para entregá-lo.
Um eixo ligado ao outro
Adriana ressalta que a organização dos eixos não é aleatória. “Um se sustenta no outro. Para que o 2 aconteça é preciso resolver estruturalmente a questão do eixo 1. Para que você tenha recursos para investir em políticas sociais é preciso que haja desenvolvimento econômico e que você tenha feito e tenha feito uma boa gestão da Prefeitura como um todo”, exemplifica.
O Plano Cidade também evidencia o modelo de gestão em rede. “A ideia é fazer uma união de forças para que Ribeirão Preto avance nas suas debilidades. Por exemplo, recorrer ao que pode ser ofertado pelas universidades, que é muito pouco explorado em Ribeirão, em comparação com outros municípios. Fica fácil entender o quanto é pouco em Ribeirão. Por exemplo, a Unicamp em Campinas, UFSCar e USP em São Carlos são muito mais proativas que Ribeirão. Se você pergunta na Prefeitura ela fala que não está sendo ofertado pelas instituições de ensino, nas instituições de ensino falam que nunca está aberto. Uma gestão em rede é um modelo, o eixo é muito estruturante nas questões que vem depois”.
Indicadores comparativos
Outro ponto importante é que o documento cria indicadores que podem ser observados por períodos. “A ideia é criar indicadores. Olhar todos os indicadores que estão disponibilizados neste Plano e daqui a quatro anos ver em que avançamos e o que não avançou. Você consegue corrigir rotas, intensificar ações. Passa a ter um parâmetro para a avaliação da gestão pública. Do jeito que nós temos hoje, que é ausência de qualquer proposta, você não consegue avaliar, você simplesmente vê se construiu ou não, se fez isso ou aquilo”, finaliza a superintendente.
Plano Cidade
– Mais de 100 entrevistas realizadas para a elaboração, envolvendo desde pesquisadores até lideranças comunitárias.
– 30 metas e 181 estratégias produzidas, com as diretrizes para nortear o gestor na elaboração de políticas públicas inovadoras.
– 293 ações indicadas, com objetivos e prazos específicos, especificando os projetos que devem ser criados, melhorados ou descontinuados.
Entidades que assinam o Plano Cidade
Academia Ribeirão-pretana de Educação
Abigraf
Acirp
Aeaarp
Aesco-
Amarribo Brasil
Amcham Brasil
Avirrp
Assilco-
Casa da Memória Italiana
Câmara dos Dirigentes Logistas
Centro Médico
Ciesp
Instituto Paulista de Cidades Criativas e Identidades Culturais (IPCCIC)
Instituto de Estudos Avançados – USP/RP
Instituto Ribeirão 2030
Mentoria Ribeirão 2020
12ª Subseção OABSP
Observatório Social de Ribeirão Preto
Projete
Rarev
RPC&VB
Sincovarp
Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares
Sociedade dos Feirantes
Sindicato dos Feirantes
Sincomerciários
SindRibeirão