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Pipas geram mais problemas em RP

A utilização de pipas próxi­mas à rede elétrica foi respon­sável por 1.219 casos de falta de energia na região, entre 2015 e 2017. Segundo dados da CPFL Paulista, distribuidora que aten­de a 4,2 milhões de unidades consumidoras em 234 muni­cípios – 290 mil somente em Ribeirão Preto –, o número de ocorrências relacionadas a pipas teve um aumento de 4,3% de 2016 para o ano passado, saltan­do de 415 para 433 casos no pe­ríodo, 18 a mais. A média subiu de quase 35 para 36 por mês.

As estatísticas apuradas pela área operacional das dis­tribuidoras do grupo também mostram que Ribeirão Preto e Jaboticabal lideram o ranking de ocorrências na região, com 864 (70,8% do total) e 138 (11,3% do total) desligamentos nos últimos três anos, respec­tivamente. A média ribeirão­-pretana é de 288 por ano, 24 por mês, quase uma por dia.

Entre 2015 e 2017, o número de ocorrências de interrupção de energia ou danos à fiação por causa de pipas só cresceu em Ribeirão Preto. Foram 258 em 2015 (média mensal de 21), 299 em 2016 (quase 25 por mês) e 307 no ano passado (mais de 25 a cada 30 dias). Nos últimos três anos, aumentou 19%, com 49 problemas a mais. Em relação a 2016, a alta foi de 2,67%, oito ca­sos de diferença.

A interrupção do forneci­mento de energia elétrica por conta das pipas pode ocorrer por diversas formas. Além do risco de rompimento dos cabos pelas linhas que usam cerol ou a conhecida “chilena”, as pipas ficam enroscadas nas redes elétricas podendo provocar desgastes nos fios, e levar a cur­tos-circuitos em dias úmidos.

Risco à vida da população – A utilização inadequada de pi­pas em áreas urbanas é um tema de extrema seriedade que traz riscos de graves consequências. Um exemplo disto foi o trágico falecimento do senhor Gilmar Machado da Silva, em Capivari, atingido por um cabo de energia que acabou sendo cortado, rom­peu e caiu, devido à tentativa de terceiros de retirar uma pipa da rede elétrica.

Comprometida com a segu­rança da população, a holding CPFL Energia recomenda que pais e responsáveis acompa­nhem e instruam crianças e ado­lescentes no uso do brinquedo. Os acidentes elétricos causados pelas pipas poderiam ser evita­dos se fossem adotados alguns cuidados simples, como escolher locais longe da fiação elétrica – campos abertos e parques com áreas planas –, longe do entorno de rodovias ou de avenidas de in­tenso movimento.

A tentativa de resgatar uma pipa enroscada na fiação tam­bém pode provocar desligamen­tos no fornecimento de energia e causar acidentes com vítimas. Se acontecer de a pipa ficar presa em um fio, a melhor atitude é dá­-la como perdida.

O uso de cerol (mistura de cola, limalha e vidro moído) ou da “linha chilena” é considerado crime capitulado nos artigos 129, 132 e 278 do Código Penal Bra­sileiro, além do artigo 37 da Lei das Contravenções Penais. Além disso, sua formulação pode con­ter limalha de ferro, substância que provoca curtos-circuitos e choques. Esses tipos de linha também são um risco para ciclis­tas, motociclistas e a população em geral.

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