Se a diretoria do Alvinegro ainda espera pela ‘última palavra’ do técnico Pinho na expectativa de que ele permaneça em 2019 frente ao elenco que irá disputar a Série A3, ela foi antecipada ontem, em Bebedouro, pelo comandante. “Fiz a coisa mais correta do mundo ao decidir não continuar, pois o futebol precisa de motivação, de renovação”, afirmou para, em seguida, arrematar: “ninguém gosta do Comercial mais do que eu, mas não dá para ficar, até por problemas de a saúde.”
Testado de todas as formas para saber se poderia recuar a decisão, ele foi taxativo, mesmo diante de um provável apelo da torcida, no sábado, às 16 horas, quando o Leão decide o título da Segunda Divisão, em casa, diante do Primavera e joga por um empate. “A torcida é inteligente e sabe do que estou falando. O futebol é assim, exige mudanças. Falo isso baseado em meus 55 anos no meio, tanto como jogador quanto como técnico. O que serve para o Brasil, não serve para os Estados Unidos”, compara.
O treinador aposta na força do elenco comercialino e aposta que 60% dos jogadores poderão disputar a Série A3, sendo necessária a contratação de cinco ou seis atletas de peso. “Tenho certeza de uma coisa e pode escrever: o Comercial vai subir para a A2 no primeiro ano e alcançar um novo patamar em sua história de um dos maiores clubes de São Paulo”, prevê.
Mas o comandante está de olho em uma estrela, a que será colocada sobre o distintivo do Leão se passar pelo Indaiatuba e conquistar o título. “Será a mais bonita, a mais brilhante, o começo de um novo tempo, que começou com o acesso, de se livrar da Segundona. Eu digo isso porque acredito muito na força da torcida e dos diretores,” garante.
O técnico não fala se irá para outra equipe, apenas que precisa ser operado de uma hérnia e descansar. Aos 73 anos de idade, ele diz que há muito anos não sabe o que ‘tirar férias’ e ficar um pouco ao lado da família. “Tenho minha esposa, meus filhos e meus netos para curtir. Estou feliz pelo que fiz no Comercial”, conclui.