O técnico Pinho, que terá a espinhosa missão de reconduzir o Comercial à Série A3 do Campeonato Paulista, é o mais velho treinador em atividade no Brasil. Aos 72 anos e 71 clubes em seu currículo – inclusive pelo Barra do Garças (MT), que comandou em apenas uma única partida, sob contrato especial –, consta da imensa lista que o velho comandante formou ao longo de sua carreira. “Eu provo tudo, tenho isso arquivado e sinto um grande orgulho de ter trabalhado em cada um deles”, afirma.
O jogo sob contrato especial pelo Barra do Garças foi em caráter excepcional. O time do Mato Grosso precisava passar pelo Cuiabá. Se vencesse ou empatasse, se classificaria para a etapa seguinte do estadual. O resultado foi um suado zero a zero, mas o Dom Bosco ‘botou água no chope’ e, com um empate, tirou a vaga do time comandado por ele. “Até isso está em meu currículo, um único jogo”, repete.
Nota 8 – Pinho está satisfeito com a diretoria do Comercial, que segundo ele tem cumprido com todas as obrigações e compromissos assumidos, como as diversas reformas de infraestrutura realizadas, inclusive a do gramado, que será testado na quinta-feira, depois do carnaval. “Vamos fazer um treino técnico e um coletivo”, diz o exigente veterano. “Dou nota oito para o gramado, pois ainda precisamos testá-lo para corrigir os defeitos que sempre aparecem”, explica o exigente professor.
Pinho é um ícone do futebol do interior do Brasil, com maior ênfase para o estado de São Paulo. Ele não teme enfrentar três dos principais times do Grupo 3, formado por oito equipes: XV de Jaú, Francana e Independente, já nas três primeiras rodadas do campeonato, como início previsto para oito de abril. “Não tem escolha, a federação define e você cumpre”, resume. “Temos 40 times e apenas dois sobem, mas esse é o regulamento”.
Na noite desta sexta-feira, Pinho estará em Batatais, onde irá assistir à partida entre o Fantasma e o Juventus, em jogo válido pela Série A2. Ele reforça que já foi há vários outros jogos, sempre garimpando jogadores que podem vir para Ribeirão Preto, assim que esses campeonatos terminarem e os jogadores ficarem sem clubes. “Tem que trabalhar, correr atrás de mais uns cinco ou seis reforços”. diz.