O presidente do Chile, Sebastián Piñera, anunciou um novo pacote de medidas econômicas na noite de terça-feira, 22de outubro, como tentativa de conter os violentos protestos que já deixaram 15 mortos em cinco dias no país. As novas medidas divulgadas incluem um aumento imediato de 20% do valor mínimo das pensões, de US$ 151 para US$ 181, o que beneficiará 590 mil pessoas, e a criação de uma renda complementar mensal para trabalhadores com salário inferior a 350 mil pesos (cerca de US$ 480).
Além disso, será revogado um acréscimo recente de 9,2% na conta de luz e uma elevação de impostos sobre salários superiores a US$ 11 mil mensais. O presidente também anunciou reduções salariais de parlamentares e restrições à reeleição. As medidas foram anunciadas após reunião com três dos seis líderes políticos da oposição, e algumas ainda dependem de aprovação dos congressistas.
O papa Francisco disse, nesta quarta-feira (23), que acompanha com preocupação os protestos que ocorrem no Chile. “Faço votos de que, colocando fim às manifestações violentas, por meio do diálogo, os diferentes setores chilenos trabalhem para encontrar soluções, pelo bem de toda a população”, disse o pontífice ao final da audiência geral. A audiência geral ocorreu durante a manhã, na Praça São Pedro, quando o papa dirigiu-se a milhares de peregrinos e fiéis, provenientes de diversas partes do mundo.