Após finalizar sua primeiro temporada na Fórmula 1, Mick Schumacher terá trabalho dobrado no grid em 2022. Piloto titular da Haas, ele também será reserva da Ferrari. Poderá vir, assim, a colocar novamente o sobrenome Schumacher num carro vermelho, como fizera seu pai. A oportunidade ainda poderá abrir espaço para o brasileiro Pietro Fittipaldi na Haas.
Integrante da Academia da Ferrari, Mick vai dividir a função de reserva do time italiano com Antonio Giovinazzi, que deixou o grid ao fim desta temporada após não renovar com a Alfa Romeo – será substituído pelo chinês Zhou Guanyu em 2022.
De acordo com o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, Giovinazzi estará disponível para a equipe em 12 das 23 etapas do ano. O italiano vai dividir suas atenções em 2022 com a Fórmula E, categoria de carros elétricos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA). Mick ficará com as demais 11 corridas da temporada da F-1.
Com a decisão da Ferrari, Mick poderá entrar em ação no carro vermelho caso os titulares Charles Leclerc e Carlos Sainz Jr. enfrentem algum problema de saúde ou limitação para pilotar. Na reta final da temporada 2021, os casos de covid-19 voltaram a assombrar a categoria, que já prevê maiores cuidados com a pandemia em 2022.
Se o filho de Michael precisar ocupar um dos assentos da Ferrari, Pietro Fittipaldi fará o mesmo na Haas por ser o reserva imediato do próprio Mick e do russo Nikita Mazepin. Em 2020, o neto de Emerson foi titular nas últimas duas corridas do ano, no Bahrein e em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, ao substituir o francês Romain Grosjean, que havia sofrido grave queimadura nas mãos.
Para Mattia Binotto, a escolha por Mick foi natural. Tanto por ele ainda integrar a Academia da Ferrari quanto pela evolução que exibiu ao longo de 2021, na visão do chefe da equipe italiana.
“Ele já tem uma temporada na F-1, o que é importante. Ele foi bem ao longo da temporada, melhorou não apenas em termos de consistência quanto em velocidade. Ele foi crescendo e se aproximando dos rivais durante o ano. E a Haas parou de desenvolver o carro, o que comprova sua boa evolução”, argumentou.
Ferrari e Haas são equipes próximas desde a entrada da equipe americana na F-1 em 2016. Na ocasião, era quase uma irmã mais nova do time italiano, por usar seu motor e diversos componentes, dentro do limite das regras da F-1. Nos últimos anos, a Haas foi ganhando maior independência da Ferrari, mas segue próxima.
Em 2021, foi a pior equipe do grid. Terminou apenas em 10º e último lugar no Mundial de Construtores, sendo o único time a não somar um ponto sequer.