Van der Merwe alega questões pessoais para evitar o imunizante. E argumenta que já contraiu a doença duas vezes, o que, na sua visão, deveria servir como alternativa à vacinação. Os especialistas, no entanto, orientam que infecções anteriores pelo novo coronavírus não dispensam a vacina.
“Na Suíça e em outros países desenvolvidos, uma infecção anterior conta tanto quanto a vacina. Eu confio que esses países saibam o que estão fazendo, mas também respeito as regras dos outros países não viajando para lá”, explicou o piloto de 41 anos, em suas redes sociais.
O sul-africano admitiu que a decisão de não tomar a vacina deve atrapalhar a sua rotina de trabalho e até colocar em risco o seu emprego. “Estou ciente de que terei menos oportunidades de trabalho, de que minha liberdade será restrita com base nas minhas escolhas. O fato de eu não optar pela conveniência em detrimento da minha saúde não significa que estou tomando decisões egoístas. Todos nós queremos apenas ser saudáveis.”
O piloto indicou que não acredita na efetividade da vacina. “Minha experiência de contrair o vírus e daqueles que pegaram também ao meu redor, a gravidade da doença e o status de vacinação são as únicas informações em que eu acredito totalmente. Isso não enfraquece os dados que você quer usar, mas não muda minha realidade e minhas circunstâncias pessoais.”
Tanto Van der Merwe quanto o médico que o acompanha no carro, Ian Roberts, testaram positivo para a covid-19 às vésperas do GP da Turquia, no domingo. Assim, precisaram ser substituídos na corrida disputada em Istambul.
A dupla deve estar de volta ao carro médico no GP dos Estados Unidos, marcado para o dia 24. Depois o sul-africano deve encerrar “sua temporada” nas corridas no México e no Brasil, em novembro. A prova em São Paulo será sua despedida em 2021 porque as etapas seguintes serão no Catar, Arábia Saudita e Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos.