Tribuna Ribeirão
Economia

PIB sobe acima da média em 15 estados

Foto: Pixabay (Imagem ilustrativa)

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 mostram que 15 estados tive­ram aumento do volume aci­ma da média nacional de 1,8%. A maior alta foi no Amazonas (5,1%) e Sergipe foi a única uni­dade da federação que perdeu volume do PIB, com uma queda de 1,8% no quarto ano segui­do de resultado negativo. Nos outros estados, as altas ficaram abaixo do índice nacional.

Em 2018, o PIB de São Pau­lo cresceu 1,5% ante 2017. Com 31,6% do total da economia do Brasil, ainda é o maior índice regional, mas perdeu 0,6 ponto percentual de participação. Os dados integram as Contas Re­gionais 2018, publicadas nesta sexta-feira, 13 de novembro, pelo Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE).

Foi o segundo ano consecu­tivo que a unidade da federação registrou a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao va­lor do PIB de Rondônia, por exemplo”, observa o técnico do IBGE Luiz Antônio de Sá.

Conforme o instituto, entre as atividades que contribuíram para a perda de participação de São Paulo, houve destaque para atividades financeiras, de segu­ros e serviços relacionados. O es­tado representa mais de 50% do total nacional da atividade. “Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmen­te, por conta da diminuição das taxas de juros.”

De acordo com o IBGE, com o maior crescimento de volume, o Amazonas é um exemplo do bom resultado do Norte do país, região onde houve a maior elevação em volume do PIB (3,4%). Entre os cinco primei­ros do ranking, estão os estados nortistas de Roraima (4,8%) e de Rondônia (3,2%). Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) completam o ranking dos cinco primeiros estados com melhor desempenho.

Questões de condição cli­mática adversas em 2018 e o desempenho econômico con­tribuíram para o resultado negativo em Sergipe, que teve queda 1,8%, no quarto ano se­guido com resultado negativo. A pesquisa mostrou também que a Região Sudeste, que é a mais habitada do país, foi a única com variação em volu­me inferior (1,4%) ao índice nacional.

Nessa região, apenas o Espí­rito Santo (3%) cresceu acima da média nacional. Além do Norte (3,4%), houve avanço no Centro-Oeste (2,2%) e no Sul (2,1%). Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%). O IBGE destaca que, mesmo com crescimento abaixo da média, o Sudeste aumentou sua participação na economia brasileira em 2018.

Saiu de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional. A elevação tem relação com os desempenhos do Rio de Ja­neiro e do Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectiva­mente, e foram os dois esta­dos com maior acréscimo em valor relativo.

A Região Sul, por causa da contribuição de Santa Catarina, também avançou sua participa­ção, com 0,1 ponto percentual. Já as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com queda de 0,1 ponto percentual cada, perde­ram participação no PIB.

Renda
A remuneração dos empre­gados, principal componente do indicador de renda, perdeu participação, na análise por essa ótica, em relação ao ano ante­rior a 2017. Passou de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. De acordo com o IBGE, é o segundo resultado negativo consecutivo.

O motivo, segundo Sá, é a queda no número de ocupa­ções com vínculo. A região que mais influenciou essa perda de participação foi o Sul, onde a participação da remuneração dos emprega­dos era de 42,7% em 2017 e foi para 42% em 2018. No Sudeste, que sai de 43,9% para 42,8%, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os que puxaram o índice, por causa das in­dústrias extrativas.

Per capta
O PIB per capita do país em 2018 ficou em R$ 33.593,82. O IBGE informou que o resultado significa aumento de 5,9% em valor na comparação com 2017, quando era R$ 31.712,65. O Distrito Federal permaneceu na liderança, com R$ 85.661,39. O valor é cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Entre os dez primeiros no ranking do PIB per capita, se destacam es­tados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

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