Dados apurados pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) revelam que, de janeiro a março deste ano, e já descontados os efeitos sazonais, o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos num país, estado ou município – da 6ª Região Administrativa de São Paulo, que inclui Ribeirão Preto e mais 24 cidades, registrou crescimento de 2,4% na comparação com o trimestre anterior (outubro a dezembro).
Foi o segundo melhor resultado percentual entre as 16 Regiões Administrativas do Estado de São Paulo, atrás apenas da RA de Franca, que registrou alta de 3,8% no período, de acordo com a mesma base de comparação. O PIB da região de Ribeirão Preto representa 2,6% da riqueza estadual, e o francano responde por 1,8%. O do segundo trimestre (primeiro semestre) ainda não foi divulgado.
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o crescimento do PIB na Região Administrativa de Ribeirão Preto no acumulado de 2024 chega a 6,3%, o mais acentuado entre todas as 16 áreas paulistas, contra avanço de 3,0% na RA de Franca. Em doze meses, o PIB ribeirão-pretano regional registrou aumento de 1%, mesma taxa do francano.
O PIB da região Administrativa de Barretos caiu 3,3% na comparação com o trimestre anterior, mas cresceu 5,5% em comparação com o mesmo período do ano passado e sobe 3,1% em doze meses, segundo as informações da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. .
RA de Ribeirão Preto – Em valores, o PIB da região de Ribeirão Preto avançou de R$ 18,896 bilhões entre janeiro e março de 2023 para R$ 20,585 bilhões no mesmo período deste ano, alta de 8,94% acréscimo de R$ 1,689 bilhões. Em relação ao valor do trimestre encerrado em dezembro, de R$ 21,439 bilhões, a queda a 3,98%. São R$ 854 milhões a menos.
Sobre o fato de o PIB crescer 2,4% na comparação com o último trimestre de 2023anual, mas recuar em valores, o economista Vagner Bessa, da Fundação Seade, explica que “a taxa de crescimento do PIB é medida em termos ‘reais’, ou seja, descontados os efeitos da inflação.”
“Já o PIB nominal, divulgado em valores correntes, leva em consideração tanto o nível de produção quanto a elevação dos preços de todos os produtos. Portanto, a explicação para a queda do PIB nominal em Ribeirão Preto é explicada pela inflação”, conclui.
Ano passado – Dados apurados pela Seade revelam que, no ano passado, e já descontados os efeitos sazonais, o Produto Interno Bruto da 6ª Região Administrativa de Ribeirão Preto recuou 0,7% na comparação com 2022. Em valores, porém, houve crescimento de 2,8%, saltando de R$ 80,319 bilhões em 2022 para R$ 82,546. São R$ 2,227 bilhões a mais.
A região de Ribeirão Preto respondeu por 2,6% de participação no PIB no Estado de São Paulo – de R$ 3,218 trilhões – no ano passado. O Produto Interno Bruto regional avançou 4,3% em 2022 em relação a 2021. Atingiu R$ 80,319 bilhões, ante R$ 72,319 bilhões de 2021, alta de 11,06% e acréscimo de R$ 8 bilhões.
Região – A 6ª Região Administrativa é formada por Ribeirão Preto, Altinópolis, Barrinha, Brodowski, Cajuru, Cássia dos Coqueiros, Cravinhos, Dumont, Guariba, Guatapará, Jaboticabal, Jardinópolis, Luís Antônio, Monte Alto, Pitangueiras, Pontal, Pradópolis, Santa Cruz da Esperança, Santa Rosa de Viterbo, Santo Antônio da Alegria, São Simão, Serra Azul, Serrana, Sertãozinho e Taquaral.
Estado de São Paulo – O PIB do Estado de São Paulo cresceu 0,4% no primeiro trimestre de 2024, em comparação com os últimos três meses de 2023, e avançou 1,9% em relação ao registrado entre janeiro de março do ano passado. Sobe 0,7% em doze meses.
Em valores, caiu de R$ 845,370 bilhões entre outubro e dezembro para R$ 794,574 bilhões no primeiro trimestre deste ano, R$ 50,796 bilhões a menos e queda de 6,0%. Em relação ao período de janeiro a março de 2023, quando estava em R$ 759,907 bilhões, houve acréscimo de R$ 34,667 bilhões, aumento de 4,56%.
No acumulado do ano passado, o Produto Interno Bruto paulista cresceu 0,8% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Em valores, avançou de R$ 3,100 trilhões para R$ 3,218 trilhões, acréscimo de R$ 118 bilhões, alta de 3,80%.