A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2019”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 17 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto perdeu duas posições no ranking nacional da produção de riquezas e caiu da 23ª colocação em 2018 para a 25ª no ano seguinte.
O valor do PIB ribeirão-pretano – a soma de todos os bens e serviços produzidos na cidade –, porém, avançou 3% em 2019, de R$ 34,32 bilhões em 2018 para R$ 35,35 bilhões (R$ 35.355.227.000) no ano seguinte, acréscimo de R$ 1,03 bilhão. Em 2019, a cidade tinha 703.293 habitantes, de acordo com o próprio IBGE.
No ranking estadual, depois de dois anos no 10º lugar (2017 e 2018), o município caiu para a 11ª posição – também era o 11º em 2016. No ranking estadual, Ribeirão Preto está atrás de São Paulo (primeira do ranking nacional, com R$ 763,80 bilhões), Osasco (oitava, com R$ 81,92 bilhões) e Campinas (10ª, com R$ 65,87 bilhões).
Também estão à frente de Ribeirão Preto Guarulhos (11ª, com R$ 65,16 bilhões), Barueri (15ª, com R$ 52,82 bilhões), São Bernardo do Campo (16ª, com R$ 51,06 bilhões), Jundiaí (17ª, com R$ 46,95 bilhões), São José dos Campos (20ª, com R$ 43,45 bilhões), Paulínia (23ª, com R$ 37,37 bilhões) e Sorocaba (24ª, com R$ 37,28 bilhões).
A participação ribeirão-pretana no PIB nacional, que havia baixado de 0,54% para 0,49% entre 2017 e 2018, voltou a cair e agora é de 0,48%, mas o Produto Interno Bruto local é superior ao de 16 capitais de Estado. Está à frente de Belém (PA, 27ª), São Luís (MA, 28ª no ranking nacional), Campo Grande (MS, 31ª), Natal (RN, 40ª) e Cuiabá (MT, 41ª).
As outras capitais com PIB inferior ao de Ribeirão Preto são Maceió (AL, 42ª), Teresina (PI, 45ª), Florianópolis (SC, 46ª), Vitória (ES, 47ª), João Pessoa (PB, 49ª), Porto Velho (RO, 58ª), Aracaju (SE, 59ª), Macapá (AP, 98ª) e Palmas (TO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC) – as três últimas não aparecem entre os 100 maiores do Brasil.
Entre as capitais com PIB superior ao de Ribeirão Preto estão São Paulo (SP, primeira do ranking nacional), Rio de Janeiro (RJ, segunda), Brasília (DF, terceira), Belo Horizonte (MG, quarta), Curitiba (PR, quinta), Manaus (AM, sexta), Porto Alegre (RS, sétima), Fortaleza (CE, nona), Salvador (BA, 10ª), Recife (PE, 13ª) e Goiânia (GO, 14ª).
Em 2017, o PIB de Ribeirão Preto foi de R$ 35,31 bilhões, o 21º do país. Em 2016, era de R$ 29,98 bilhões e o município ocupava a 23ª posição do ranking nacional. Em 2015, produziu R$ 27,80 bilhões em riquezas e, em 2014, não passou de R$ 28,08 bilhões.
Nestes dois períodos a cidade ocupava a 24ª posição na lista dos municípios mais ricos. A participação de Ribeirão Preto na produção das riquezas nacionais era de 0,48% em 2016, de 0,46% em 2015 e de 0,49% no período anterior.
Nacional
Oito municípios brasileiros concentravam 25% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, em 2019. Um deles, São Paulo, sozinho, respondia por 10,3%. Depois aparecem Rio de Janeiro (com participação de 4,8%), Brasília (3,7%), Belo Horizonte e Curitiba (com 1,3% cada uma), Manaus e Porto Alegre (1,1%).
Osasco, em São Paulo (também com participação de 1,1%), é a única cidade que não é capital a figurar nas oito primeiras posições. Completam o top 10, as cidades de Fortaleza e Campinas (SP), com 0,9% cada uma. Considerando-se os 92 municípios da cidade-região de São Paulo (que inclui a Grande São Paulo e municípios vizinhos), a área responde também por cerca de um quarto do PIB nacional.
Os 100 municípios mais ricos somavam 55,2% do PIB do Brasil em 2019. Por outro lado, os 1.345 municípios mais pobres responderam por apenas 1,0% do PIB nacional. Se consideradas as concentrações urbanas, regiões com mais de 100 mil habitantes que reúnem uma ou mais cidades com alto grau de integração, apenas duas delas detinham, juntas, um quarto do PIB brasileiro: São Paulo (17,0%) e Rio de Janeiro (7,9%). O Brasil tem 5.571 cidades.
RP perde 19 posições no ranking per capita
A pesquisa “Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2019”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 17 de dezembro, mostra que Ribeirão Preto perdeu 19 posições no ranking do PIB per capita – divisão da produção local pelo número de habitantes.
Recuou do 419º lugar em 2018 para o 438º no ano seguinte. Ribeirão Preto detinha o 296º maior PIB per capita em 2017, o 414º em 2016 e era a 403ª em 2015. O valor que cada trabalhador da cidade recebe por ano avançou 1,7%, de R$ 49.425,29 em 2018 para R$ 50.270,98.
O aporte em 2019 chega a R$ 845,69. Equivale a 50 salários mínimos da época (R$ 998) e a 46 no valor atual do piso (de R$ 1.100). Havia recuado 4,51% nos anos anteriores, de R$ 51.759,84 em 2017 para R$ 49.425,29 em 2018, quando o rendimento médio do ribeirão-pretano estava R$ 2.334,55 abaixo ao do período anterior.
Em 2016 o PIB per capita de Ribeirão Preto era de R$ 44.463,80 e, em 2015, de R$ 41.736,07. Em 2014, cada trabalhador da cidade recebia, em média, R$ 42.682,19 por ano. Em 2019, o município de Presidente Kennedy, no Estado do Espírito Santo, registrou o maior PIB per capita do país: R$ 464.883,49, puxado pela extração de petróleo, valor equivalente a nove vezes o rendimento médio do ribeirão-pretano.
No mesmo ano, o PIB per capita brasileiro foi de R$ 35.161,70. No segundo lugar do ranking de maior PIB per capita ficou Ilhabela, em São Paulo, com R$ 428.020,22, com destaque também para a atividade de extração de petróleo. Em terceiro, Selvíria, no Mato Grosso do Sul, com R$ 353.522,30, devido à geração de energia elétrica.
Os dados por segmentos mostram que a indústria de Ribeirão Preto contribuiu com R$ 3,71 bilhões em 2019 (R$ 3.713.054,92), com participação na produção nacional de 0,27% – era de 0,29% no estudo anterior. O valor é 3,4% inferior aos R$ 3,84 bilhões de 2018, decréscimo de R$ 130 milhões, mas galgou uma posição no ranking, passando da 74ª para a 73ª. Era a 39ª em 2017 (quando produziu R$ 5,3 bilhões) – estava na 47ª posição em 2016, ante a 67ª em 2015 e 86ª em 2014.
Já o setor de serviços segue sendo o mais forte de Ribeirão Preto, com valor estimado em R$ 24,84 bilhões em 2019 (R$ 24.844.129,07), o 18º do país, mesma posição de 2018, quando gerou R$ 23,83 bilhões. A alta chega a 4,2%, aporte de R$ 1,01 bilhão. A participação na riqueza nacional era de 0,70%, ante 0,71% do período anterior.
Em 2017 estava na 17ª posição. Em 2016 e 2015 estava no 18º lugar. A participação era de 0,73% de 2017, de 0,67% em 2016 e 0,66% em 2015. No setor de administração, defesa, educação, a saúde pública e seguridade social Ribeirão Preto tinha, em 2019, o 37º maior PIB do país (perdeu uma posição em relação ao 36º lugar de 2018).
O valor subiu 1%, de R$ 2,93 bilhões para R$ 2,96 em 2019 (R$ 2.961.092,23), acréscimo de R$ 30 milhões. A participação do setor no PIB nacional foi de 0,27%, ante 0,28% dos dois anos anteriores. Ocupava a 33ª posição em 2016 e 2015. A participação na produção de riqueza nacional era de 0,29% em 2016 e de 0,30% em 2015.
O PIB da agropecuária gerou apenas R$ 89,72 milhões em 2019 e ocupava a 878ª posição no ranking nacional do segmento, sinal de estabilidade na comparação com os R$ 89,73 milhões do ano anterior (estava em 863º lugar), R$ 10 mil a menos e recuo de 0,01%.
Em 2017 era de R$ 119,09 milhões (estava em 592º lugar no ranking do setor, com contribuição de 0,04%). Em 2016 era de R$ 120,1 milhões e em 2015 estava em R$ 78,5 milhões. A participação no PIB do agro nacional era de apenas 0,28% em 2019.
A riqueza na cidade
PIB de 2019: R$ 35,35 bilhões
Ranking nacional: 25º
Participação: 0,48%
Ranking estadual: 11º
PIB per capita: R$ 50.270,989
Ranking nacional: 438º
PIB da indústria: R$ 3,71 bilhões
Ranking e participação: 73º e 0,27%
PIB de serviços: R$ 24,84 bilhões
Ranking e participação: 18º e 0,70%
PIB da administração: R$ 2,96 bilhões
Ranking e participação: 37º e 0,27%
PIB da agropecuária: R$ 89,72 milhões
Ranking e participação: 878º e 0,28%
PIB de 2018: R$ 34,32 bilhões
Ranking nacional: 23º
Participação: 0,49%
Ranking estadual: 10º
PIB per capita: R$ 49.425,29
Ranking nacional: 419º
PIB de serviços: R$ 23,83 bilhões
Ranking e participação: 18º e 0,71%
PIB da indústria: R$ 3,84 bilhões
Ranking e participação: 74º e 0,29%
PIB da agropecuária: R$ 89,73 milhões
Ranking e participação: 863º e 0,02%
PIB da administração: R$ 2,93 bilhões
Ranking e participação: 36º e 0,28%
Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)