Tribuna Ribeirão
Economia

PIB cresceu 2,9% no ano passado

WENDERSON ARAUJO/TRILUX CNA

O Produto Interno Bru­to (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – brasileiro registrou que­da de 0,2% no quarto trimestre do ano passado ante o trimes­tre anterior, informou nesta quinta-feira, 2 de março, o Ins­tituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na comparação com o quarto trimestre de 2021, o PIB apresentou alta de 1,9% no quarto trimestre de 2022. No fechamento do ano passa­do, cresceu 2,9% ante o perí­odo anterior. Ainda segundo o instituto, o PIB do quarto trimestre de 2022 totalizou R$ 2,6 trilhões. No ano, somou R$ 9,9 trilhões.

Per capita
Já o PIB per capita alcan­çou R$ 46.155 no ano passado, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação ao ano ante­rior. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado pelo Instituto Brasi­leiro de Geografia e Estatística.

Famílias
O consumo das famílias subiu 0,3% no quarto trimes­tre de 2022 ante o trimestre anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2021, registrou alta de 4,3%. No ano passado, o crescimento chegou a 4,3% ante os doze meses an­teriores. É a maior desde o sal­to de 4,8% em 2011 ante 2010.

O consumo do governo, por sua vez, subiu 0,3% no quarto trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre. Na com­paração com os últimos três meses de 2021, o consumo do governo mostrou alta de 0,5%. No ano de 2022, o consumo do governo subiu 1,5% ante 2021.

Poupança
A taxa de poupança ficou em 15,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, segundo o Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística. Em 2021, o índice foi de 17,4%. Já a taxa de investimento ficou em 18,8% em 2022, segundo o IBGE. Em 2021, o índice foi de 18,9%.

Setores
O crescimento do PIB em 2022 foi puxado pelas altas nos serviços (4,2%) e na indústria (1,6%), que juntos represen­tam cerca de 90% do indicador. Por outro lado, a agropecuária recuou 1,7% em 2022. Desses 2,9% de crescimento em 2022, os serviços foram responsáveis por 2,4 pontos percentuais.

“Além de ser o setor de maior peso, foi o que mais cres­ceu, o que demonstra como foi alta a sua contribuição na eco­nomia no ano”, diz, em nota, a coordenadora de Contas Na­cionais do IBGE, Rebeca Palis. As duas atividades que mais chamam atenção estão entre as que mais cresceram em 2021, após as quedas de 2020.

Retomada
São transportes e outros ser­viços, que inclui categorias de serviços pessoais e serviços pro­fissionais. “Foi uma continua­ção da retomada da demanda pelos serviços após a pandemia de covid-19. Em outros servi­ços, podemos destacar setores ligados ao turismo, como servi­ços de alimentação, serviços de alojamento e aluguel de carros”, acrescenta Rebeca.

Agro
O Produto Interno Bruto da agropecuária subiu 0,3% no quarto trimestre de 2022 ante o trimestre anterior. Na comparação com os três últi­mos meses de 2021, o PIB da agropecuária mostrou queda de 2,9%. Em 2022, caiu 1,7% ante 2021.

O Produto Interno Bru­to de serviços subiu 0,2% no quarto trimestre de 2022 ante o terceiro trimestre. Na com­paração com o quarto trimes­tre de 2021, o PIB de serviços mostrou alta de 3,3%. No ano passado, o PIB de serviços su­biu 4,2% ante 2021.

O Produto Interno Bru­to da indústria caiu 0,3% no quarto trimestre de 2022 ante o trimestre anterior. Na com­paração com o quarto trimes­tre de 2021, o PIB industrial mostrou alta de 2,6%. No ano de 2022, o PIB da indústria su­biu 1,6% ante 2021.

Segundo o IBGE, na in­dústria, o maior destaque foi a atividade eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (10,1%), que teve bandeiras tarifárias mais favoráveis em 2022. O crescimento dessa atividade está muito relacionado à re­cuperação em relação à crise hídrica de 2021.

“Ademais, a atividade de construção, com alta de 6,9%, corroborada pelo aumento na sua ocupação, foi influenciada pelo ano eleitoral, que sempre apresenta uma maior quanti­dade de obras públicas”, analisa a coordenadora Rebeca Palis.

Já as indústrias de transfor­mação tiveram variação negati­va de 0,3%, principalmente pela queda na fabricação de produ­tos de metal; móveis; produtos de madeira e de borracha e plástico, enquanto as indústrias extrativas caíram 1,7%.

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