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Dia do Exército: PGR pede inquérito sobre atos pelo País

ROSINEI COUTINHO/SCO/STF

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de um in­quérito para apurar a possível violação da Lei de Segurança Nacional em atos com, pessoas que pediram, no do­mingo, 19 de abril, a inter­venção militar e o fechamen­to do Congresso Nacional e do próprio STF.

“O Estado brasileiro admite única ideologia que é a do regi­me da democracia participati­va. Qualquer atentado à demo­cracia afronta a Constituição e a Lei de Segurança Nacional”, afirmou Aras no pedido, con­forme nota divulgada no início da tarde desta segunda-feira (20) pela PGR.

Segundo o texto, a PGR deseja apurar se houve o co­metimento de crime por par­te de cidadãos ou deputados federais que organizaram as manifestações contra o regime da democracia participativa brasileira. O procurador-ge­ral não cita especificamente o presidente Jair Bolsonaro, que participou de um desses atos e elevou o tom do confronto com o Congresso e o STF.

Diante do Quartel-Gene­ral do Exército, com micro­fone em punho, subiu na ca­çamba de uma caminhonete e fez um discurso inflamado para seguidores que exibiam faixas com inscrições favorá­veis a um novo AI-5, o mais duro ato da ditadura (1964 a 1985), e gritavam palavras de ordem contra a Corte Supre­ma e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

“Nós não queremos nego­ciar nada. Queremos é ação pelo Brasil”, disse Bolsona­ro, aplaudido por centenas de manifestantes. “Chega da velha política! (…) Acabou a época da patifaria. Agora é o povo no poder.” Dezenas de cartazes sugeriam fecha­mento do Congresso e do Supremo, além de pedidos para que as Forças Armadas ocupassem as ruas. Em ne­nhum momento o presidente contestou os apelos pela volta da repressão.

A reportagem apurou que militares do governo não gos­taram da atitude de Bolsonaro. O protesto foi visto como pre­ocupante por governadores, prefeitos e pelas cúpulas do Legislativo e do Judiciário, que enxergaram no gesto de Bolso­naro o sintoma de uma esca­lada autoritária no País, justa­mente no momento em que ele perde apoio e a pandemia do coronavírus se agrava.

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