Tribuna Ribeirão
Política

PGR diz que tudo precisa avaliado com cuidado

O acordo de delação premiada firmado entre o ex-ministro Anto­nio Palocci e a Polícia Federal ain­da pode vir a ser contestado pela Procuradoria-Geral da República. A informação foi dada nessa sexta­-feira, 27, em Paris, pela procurado­ra-geral, Raquel Dodge, que afirmou “desconhecer” os termos e a “ex­tensão das cláusulas” do entendi­mento entre as duas partes.Segun­do Raquel Dodge, as negociações não foram realizadas na “jurisdição de Brasília”, o que obrigará a PGR a estudar em detalhes o acordo para decidir o que fará a respeito. “Não conheço o caso, não foi feito na ju­risdição de Brasília e oportunamen­te o meu gabinete, ou a instância cabível, certamente examinará esse documento. Aí a manifestação será feita oportunamente”, garantiu.

“Eu não posso adiantar ne­nhum ponto de vista exatamente porque não examinei que docu­mento é esse, como foi feito, qual a extensão das cláusulas. Tudo preci­sa ser avaliado com muito cuidado”, reiterou Raquel Dodge.

Palocci era homem de con­fiança do PT e dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, entre 2003 e 2016. Na quinta-feira, o jornal O Globo reve­lou que o acordo entre o ex-minis­tro e a PF havia sido assinado. Uma primeira negociação já havia acon­tecido entre sua defesa e o Minis­tério Público, sem que se chegasse a um acordo. Palocci está preso de forma preventiva desde setembro de 2016, em Curitiba, e condenado a 12 anos de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção ativa na nego­ciação dos contratos com a Ode­brecht para aquisição de sondas do Estaleiro Enseada do Paraguaçu e da Sete Brasil.

Durante o processo, Palocci afir­mou ao juiz Sérgio Moro que o ex­-presidente Lula, quando estava no cargo, deu seu aval a um “pacto de sangue” com a construtora Odebre­cht, que envolveria o pagamento de R$ 300 milhões ao PT em propinas pelos contratos assinados.

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