A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o deputado Chiquinho Brazão, o irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE–RJ), Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do RJ, o delegado Rivaldo Barbosa, pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O crime aconteceu em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro (RJ), mas só agora eles foram implicados como mandantes, após terem sido citados na delação do atirador Ronnie Lessa. Todos estão presos preventivamente desde março passado.
A execução da vereadora teria sido motivada pela exploração imobiliária em áreas dominadas pela milícia, especialmente em comunidades em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. Para a PGR, as provas da investigação confirmam o relato de Ronnie Lessa.
A denúncia foi apresentada na terça-feira, 7 de maio, ao Supremo Tribunal Federal (STF), pouco mais de um mês após a Polícia Federal entregar o relatório final da investigação. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes, que agora precisa analisar as acusações e decidir se abre uma ação penal.
Dois novos nomes foram incluídos na denúncia. Robson Calixto da Fonseca, conhecido como “Peixe”, que é ex-assessor de Domingos Brazão no TCE, foi denunciado pela PGR e preso nesta quinta-feira (9) pela Polícia Federal no Rio de Janeiro.
E o policial militar Ronald Paulo Alves Pereira, o “Major Ronald”, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, também foi denunciado e alvo de um pedido de prisão. Ele já cumpria pena por homicídio e ocultação de cadáver em prisão federal.