Um estudo feito pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, concluiu que as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca/Oxford são eficazes contra a variante Delta, mas o nível da proteção tende a cair com o tempo. A pesquisa em formato preprint (sem revisão dos pares) foi publicada nesta quinta-feira, 19 de agosto.
Também apontou que a carga viral dos pacientes infectados pela Delta, mesmo após imunizados, é maior do que entre aqueles que contraíram o vírus por outras cepas. Mais transmissível, essa variante tem preocupado autoridades e desacelerado planos de reabertura econômica pelo mundo.
Ao todo, o estudo analisou 2,58 milhões de testes PCR referentes a mais de 380 mil adultos, entre 1º de dezembro de 2020 e 16 de maio deste ano, quando a variante Alfa, identificada originalmente no Reino Unido, era a principal causa das novas infecções.
Os dados foram comparados com outros 811,6 mil testes de quase 359 mil adultos, coletados entre 17 de maio e 1º de agosto, já com a predominância da Delta. Os resultados apontam para a eficácia de ambos os imunizantes contra a variante descoberta originalmente na Índia, após a aplicação das duas doses dos dois imunizantes.
O estudo se limitou à análise de pessoas maiores de 18 anos. No caso da vacina produzida pela Pfizer, foi encontrada eficácia de 94% contra a Delta 14 dias após a aplicação da segunda dose. Esse índice caiu ao longo do tempo, chegando a 90%, 85% e 78%, quando passados 30, 60 e 90 dias.
A mesma tendência foi encontrada para a vacina da AstraZeneca, que 14 dias após a aplicação da segunda dose apresentou uma eficácia de 69% contra a Delta. Com uma queda menos abrupta, este índice chegou a 61% passados 90 dias depois da segunda aplicação.