Por Breno Pires
A Polícia Federal discutiu um reforço no efetivo e um endurecimento no protocolo de segurança dos candidatos à Presidência da República, em uma reunião com coordenadores de campanha nesta tarde em Brasília. Embora a PF tenha se recusado a falar sobre números, o efetivo máximo de agentes disponibilizado por evento, para cada candidato, será ampliado de 21 para 25, segundo um representante da Rede Sustentabilidade, da candidata Marina Silva, presente ao encontro. O incremento é uma resposta após o atentado ao candidato Jair Bolsonaro (PSL) na quinta-feira, 6, em Juiz de Fora, Minas Gerais.
“Os representantes das campanhas foram informados que, em decorrência da elevação do nível de alerta provocado por evento crítico no decorrer da campanha, haverá aumento do efetivo policial colocado à disposição das equipes de segurança”, disse a PF em nota oficial divulgada pouco antes do fim da reunião.
Estiveram presentes representantes das campanhas de quatro dos cinco candidatos que contam com agentes da PF na segurança: Ciro Gomes (PDT), Álvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede). A campanha de Jair Bolsonaro (PSL) não compareceu à reunião.
O presidente nacional do PSL, Gustavo Bebbiano, disse na noite da sexta-feira, 7, que não enviaria representantes por considerar que a reunião servia apenas para a Polícia Federal “ficar bem na fotografia” depois do atentado ao candidato, na quinta-feira, 6.
O número total de agentes da PF disponibilizado para fazer segurança de candidatos é 80, segundo o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Ele havia dito que o efetivo disponibilizado aos presidenciáveis seria elevado em 60%.
Na reunião, segundo a PF, foram reforçados aos responsáveis pelas campanhas dos candidatos “os critérios de atuação, as orientações e os protocolos adotados pela PF”.