A Polícia Federal identificou, entre planilhas do corretor Lúcio Funaro, notas fiscais relativas a pagamentos de supostas propinas que o delator teria operado em nome do dono da Gol, Henrique Constantino. O empresário, que tenta acordo de colaboração é citado em diversos trechos dos anexos de Funaro como pagador de vantagens indevidas a peemedebistas em troca de edições de Medidas Provisórias. Entre os itens identificados nos documentos do doleiro pela PF e confirmados por ele, está a compra de um Porsche Cayenne, pelo executivo da empresa aérea , para o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Acionista da Gol Linhas Aéreas, Constantino afirmou à Lava Jato ter feito pagamentos para Cunha (PMDB-RJ) e ao corretor Lúcio Funaro, em troca de apoio na liberação de valores do fundo de investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Ele tenta acordo de colaboração com os investigadores de Curitiba e Brasília desde que passou a ser citado nas “Operações Sépsis” e Cui Bono que investigam desvios na Caixa Econômica Federal. A Gol já assinou acordo de leniência que prevê multa de R$ 12 milhões.