A Petrobras informa que, com uma nova redução de 15% a partir desta quarta-feira, 25 de março, o preço médio da gasolina nas refinarias passa a ser R$ 1,14 por litro. Este é o menor valor cobrado pela companhia petrolífera desde 31 de outubro de 2011. A estatal espera que o desconto seja repassado ao consumidor.
“A Petrobras espera que este movimento nos preços se reflita, no curto prazo, na redução do preço final cobrado ao consumidor”, diz nota divulgada pela empresa. De acordo com pesquisa semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), entre os dias 15 e 21 de março, o preço médio ao consumidor no país para a gasolina era de R$ 4,486 por litro.
O repasse de ajustes dos combustíveis nas refinarias para o consumidor final nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, como consumo de estoques, impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis. Postos de combustíveis pelo país já sentem queda importante na demanda, em meio a medidas de isolamento social praticadas por autoridades e sociedade em geral para evitar a proliferação do novo coronavírus.
No caso do preço do diesel, a petroleira não realizou ajuste nesta quarta-feira. Mas o combustível fóssil vendido pela companhia acumula recuo de aproximadamente 30% neste ano até o momento. Segundo o levantamento regional da ANP, realizado em 108 cidades paulistas, a gasolina vendida em Ribeirão Preto é a mais barata do estado de São Paulo. O preço médio para o consumidor é de R$ 4,161.
O valor mais elevado também é da região: em Franca, o litro custa R$ 4,568. O preço médio do diesel é de R$ 3,370. O diesel S10 é vendido por R$ 3,524. O etanol ribeirão-pretano é o terceiro mais barato do estado, segundo a pesquisa da ANP. Custa R$ 2,865 e está atrás do produto vendido em Presidente Prudente (R$ 2,709) e Araçatuba (R$ 2,830). O derivado de cana-de-açúcar é mais caro em Cubatão, onde o litro é repassa ao consumidor por R$ 3,505.
Na última quinta-feira (19), o preço da gasolina ficou 12% mais barato nas refinarias da Petrobras, que já havia anunciado, na semana anterior, queda de 9,5% para o combustível. O do diesel caiu 7,5%, acima da redução de 6,5% ocorrida no período anterior. Os preços dos combustíveis da estatal seguem a política da empresa de repassar para o mercado a paridade com o valor internacional.
Com a nova redução, o preço da gasolina vendida pela estatal já caiu 40,5% e o diesel 29,1% no ano, ainda não totalmente repassada para o consumidor, avaliam analistas. Considerando os valores médios da agência, de R$ 4,161 para a gasolina e de R$ 2,865 para o derivado da cana, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 68,8% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.
Com o início da safra 2020/21 da cana-de-açúcar, o preço do etanol combustível despencou nas usinas paulistas e o litro do produto está abaixo de R$ 2, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 20 de março, pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
Foi a terceira queda seguida. O preço do hidratado recuou 13,97%, de R$ 1,9437 para R$ 1,6721, e já acumula retração de 23,05% em março, depois de fechar fevereiro com alta de 3,54%. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – caiu 6,20%, mas segue acima de R$ 2. Baixou de R$ 2,1558 para R$ 2,0221 e soma recuo de 11,49% em 20 dias deste mês, depois de subir 0,98% no período anterior.