O Sindicato Nacional das Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) informou que a Petrobras anunciou às distribuidoras aumento do preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) residencial e empresarial a partir desta terça-feira, 22 de outubro. O gás de cozinha terá aumento entre 4,8% e 5,3% – depende da região – e o empresarial entre 2,9% e 3,2%. “O preço do GLP empresarial e do GLP residencial está praticamente igual, o que é um bom sinal para o mercado”, diz o Sindigás em nota sobre uma antiga reivindicação da indústria.
Segundo os distribuidores de GLP, por se tratar da mesma molécula, não havia sentido para a diferença expressiva de preço entre os dois produtos. A boa notícia é que o gás de cozinha vendido em Ribeirão Preto, depois de meses na liderança e há mais de dois anos oscilando entre o primeiro quinto lugar, não aparece mais no ranking dos dez mais caros do estado e é o 47º da lista, segundo levantamento semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 municípios paulistas entre 13 e 19 de outubro.
A queda surpreendeu, pois vários revendedores ainda praticam preços acima de R$ 80. De acordo com a ANP, o botijão de 13 quilos do gás liquefeito de petróleo ribeirão-pretano custa R$ 67,47 (mínimo de R$ 59 e máximo de R$ 85), retração de 11,9% em relação ao valor cobrado até dia 12, de R$ 76,57 (piso de R$ 65 e teto de R$ 90).
Depois de muito tempo o produto vendido em Ribeirão Preto também está sendo repassado ao consumidor por menos de R$ 80. Até dia 5, era a única cidade do levantamento feito pela ANP em que o produto custava mais de R$ 80. Os revendedores de Ribeirão Preto pagam hoje R$ 55,67 pelo botijão (mínimo de R$ 47 e teto de R$ 60).
A variação entre o valor pago pelo revendedor e pelo consumidor chega a chega a 21,2%, diferença de R$ 11,80. As 24 distribuidoras de gás da cidade vendem 3.300 unidades por dia para os comerciantes. O primeiro lugar do ranking dos mais caros é da região: São Carlos repassa o GLP por R$ 78,36 (piso de R$ 69,90 e teto de R$ 91), cerca de 16,1% acima ao preço médio do produto ribeirão-pretano, diferença de R$ 10.89. Em Araraquara, custa R$ 77,17 (piso de R$ 65 e teto de R$ 85).
O valor médio cobrado do consumidor em Ribeirão Preto (R$ 67,47) ainda está R$ 14,97 acima do praticado em Olímpia, de R$ 52,50 (mínimo de R$ 51 e máximo de R$ 60), o produto mais barato do estado, variação de 28,5%. O gás ribeirão-pretano havia aparecido no topo do ranking na primeira semana de junho, entre os dias 2 e 8, quando era negociado a R$ 82,43, em media, e depois oscilou entre o segundo, terceiro e quarto lugares, mas liderou o ranking entre o final de junho e o começo de outubro.
A última alteração no preço do gás de cozinha havia ocorrido no início de agosto, quando a Petrobras anunciou descontos entre 6,5% e 12%, dependendo da localidade. Na região Sudeste, o abatimento deveria der se 8,17%, mas o consumidor ribeirão-pretano sentiu pouca diferença no preço final. Alguns revendedores reduziram o preço e aplicaram desconto de até R$ 5, mas a média de retração na cidade foi de até R$ 3.