A Petrobras reajustou o preço do litro da gasolina a partir desta quinta-feira, 20 de fevereiro. O combustível está 3% mais caro em suas refinarias, informa a estatal por meio de sua assessoria de imprensa. Não foram revistos os preços do óleo diesel. O valor subiu R$ 0,0512, em média e deve ser repassado ao consumidor.
A petrolífera não reajustava o preço da gasolina desde 1º de dezembro – somente em 2020 acumulava retração de 11,8% – e o diesel continua sem aumento desde o dia 21 do mesmo mês (queda de 14,5% apenas neste ano).
A alta desta quinta-feira ocorre depois de quatro baixas consecutivas anunciadas pela estatal somente em janeiro.
No dia 14 de janeiro, os preços dos combustíveis recuaram 3%. No último dia 24, a Petrobras reduziu o valor da gasolina em 1,5%, em média. O óleo diesel (S10 e S500) baixou 4,1%. No dia 31 de janeiro, a estatal determinou corte de 3% no valor de venda dos derivados de petróleo.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 9 e 15 de fevereiro, em 108 cidades paulistas, o preço médio da gasolina em Ribeirão Preto é de R$ 4,352 e o diesel está sendo vendido por R$ 3,710 – o diesel S10 custa em R$ 3,767, em média.
Nos postos da cidade, o litro da gasolina varia de R$ 4 (ou R$ 3,999 nos sem bandeira) a R$ 4,90 (nos bandeirados, R$ 4,998), com média entre R$ 4,35 (R$ 4,349 nos independentes) e de R$ 4,60 (ou R$ 4,599 nos franqueados), respectivamente. Há locais que vendem o produto por R$ 4,18 (sem-bandeira, a R$ 4,179) e R$ 4,70 (bandeirados, R$ 4,699).
Etanol
O preço do etanol combustível subiu pela terceira semana seguida nas usinas paulistas e o litro do produto segue acima da casa dos R$ 2,10, segundo dados divulgados na sexta-feira (14) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
O preço do hidratado aumentou 0,61%, de R$ 2,1075 para R$ 2,1203, e acumula alta de 2,82% em 15 dias, desde 31 de janeiro. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – subiu 1,06%, R$ 2,2537 para R$ 2,2777, depois de leve queda de 0,23% no dia 7.
A entressafra, o dólar e o aumento da demanda – a explosão de consumo foi causada, em parte, pelas correções no litro da gasolina, que agora começou cair nas refinarias – são as justificativas para explicar as altas. Segundo a ANP, o preço médio do etanol em Ribeirão Preto fechou a semana passada em R$ 2,949. Alguns postos voltaram a cobrar R$ 3,28 (ou R$ 3,279) pelo litro do álcool, outros vendem o produto por R$ 3,18 (ou R$ 3,179).
Nas bombas, varia de R$ 2,70 (independentes, R$ 2,699) a R$ 3,28 (franqueados, R$ 3,279), com médias de R$ 2,86 (R$ 2,859) e R$ 3,10 (R$ 3,099), respectivamente, mas há locais que praticam outros valores – R$ 2,84 nos sem-bandeira (R$ 2,839) e entre R$ 3,15 (ou R$ 3,149) e R$ 3,20 (R$ 3,199) nos bandeirados.
Considerando os valores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 67,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados (R$ 3,10 para o etanol e R$ 4,60 para a gasolina), a paridade está em 67,4%. Nos sem-bandeira da cidade (R$ 2,86 para o etanol e R$ 4,35 para o derivado de petróleo), a paridade está no limite, cerca de 65,7%.