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Petrobras baixa o preço da gasolina

EHDER DE SOUZA/PETROBRAS

A Petrobras anunciou corte de R$ 0,13 no preço médio de venda do litro da gasolina em suas refinarias, o equivalente a um desconto de 4,66%. O va­lor passa a ser de R$ 2,66 por litro, a partir desta sexta-feira, 16 de junho. Esta é a segunda queda em um mês.

Em 16 de maio, o presiden­te da estatal, Jean Paul Prates, baixou em R$ 0,40 o preço do combustível (queda de 12,6%), o valor do diesel caiu R$ 0,44 (redução de 12,8%) e o gás de cozinha – gás liquefeito de pe­tróleo (GLP) – teve desconto de R$ 0,69 para as distribuido­ras (recuo de 21,3%).

“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina co­mercializada nos postos, a par­cela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 1,94 a cada litro vendi­do na bomba”, diz a estatal, em nota distribuída à imprensa.

Ribeirão Preto
A Central de Monitora­mento do Núcleo Postos Ri­beirão Preto, grupo setorial que reúne 85 revendedores da cidade, estima que a re­dução das distribuidoras aos postos revendedores seja em torno de R$ 0,095 por litro, já que a gasolina enviada aos postos tem em sua composi­ção 27% de etanol.

“Orientamos nossos pos­tos associados para que apli­quem a redução conforme o preço que vier na nota fiscal das distribuidoras”, explica Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos. Em relação ao etanol, a central detectou alta média de R$ 0,05 no litro do combustível na distribuição, entre quarta-feira (14) e esta quinta-feira (15).

Nas bombas
A Petrobras afirma que mantidas as parcelas referen­tes aos demais agentes, con­forme a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustí­veis para o período de 4 a 10 de junho, o preço médio da gasolina ao consumidor final poderia atingir o valor de R$ 5,33 por litro.

A estatal ressalta que, na formação de seus preços, busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado inter­nacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um am­biente competitivo salutar nos termos da legislação vigente.

De acordo com o levan­tamento semanal da ANP, na semana de 4 a 10 de junho, o preço médio da gasolina no país subiu 4%, para R$ 5,42 por litro. O aumento refletiu a mu­dança na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercado­rias e Serviços (ICMS).
A partir deste mês, passou a ser cobrada alíquota única e fixa por litro de gasolina, no valor de R$ 1,22. Antes, era um percentual, que variava de 17% a 23%, a depender do Estado. Em Ribeirão Preto, a estima­tiva da Central de Monitora­mento do Núcleo Postos pre­via aumento de R$ 0,26, mas chegou a R$ 0,40.

PIS/Cofins
O grupo setorial informa também que, a partir do mês de julho, o combustível deve ter nova alta, desta vez de R$ 0,34 por causa da reoneração do Programa de Interação Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins).

No caso do diesel, a alteração­ já está valendo desde 1º de maio, com uma cobrança de R$ 0,94 por litro. Levantamen­to da ANP, realizado entre 4 e 10 de junho, constatou o au­mento no preço da gasolina e queda no do etanol e do diesel vendidos na cidade.

A média para o litro do ál­cool hidratado era de R$ 3,69 (mínimo de R$ 3,39 e máximo de R$ 3,99), ante R$ 3,75 (piso de R$ 3,55 e teto de R$ 3,99) do dia 3, recuo de 1,60% e descon­to de R$ 0,06. Chegou a custar R$ 5,199 em 13 de novembro de 2021 – o maior valor da his­tória da pesquisa.

O preço do litro da gaso­lina estava abaixo de R$ 5,40, segundo a ANP. Custava, em média, R$ 5,39 (mínimo de R$ 4,75 e máximo de R$ 5,69), ante R$ 5,28 (piso de R$ 4,95 e teto de R$ 5,69) do período anterior, alta de 2,08% e acrés­cimo de R$ 0,11.

A paridade entre o etanol e a gasolina está em 68,5%, abaixo do limite – atingiu 80,5% no final de 2021 e até dia 3 era de 71%. Voltou a ser vantajoso abastecer com ál­cool porque esta relação não supera 70%. A gasolina aditi­vada custava R$ 5,56 (míni­mo de R$ 5,33 e máximo de R$ 5,89). O litro do óleo die­sel S-10 saía por R$ 5,40 (piso de R$ 4,59 e teto de R$ 6,19).

Após a redução nas refi­narias da Petrobras, o preço médio do litro do diesel des­pencou em Ribeirão Preto. Na semana passada era ven­dido por R$ 5,00 (mínimo de R$ 4,51 e máximo de R$ 5,89), ante R$ 5,04 (mínimo de R$ 4,79 e máximo de R$ 5,29) do período anterior, queda de 0,80% e desconto de R$ 0,04.

Média
Segundo a ANP, o preço do etanol de Ribeirão Preto estava R$ 0,11 abaixo da média nacio­nal, de R$ 3,80 para o derivado da cana-de-açúcar (era 2,89% inferior). A gasolina era 0,55% mais barata na cidade, R$ 0,03 abaixo dos R$ 5,42 cobrados em grande parte do país.

O etanol ribeirão-pretano está acima da média estadual, de R$ 3,66. São R$ 0,03 a mais, 0,82% superior. Além disso, a gasolina também é mais cara em Ribeirão Preto e custava 1,50% a mais, acréscimo de R$ 0,08 em relação aos R$ 5,31 da média paulista, segundo a ANP.

O preço do litro do diesel vendido em Ribeirão Preto es­tava R$ 0,08 abaixo da média nacional, de R$ 5,08 (é 1,57% inferior) e custava R$ 0,09 a menos que a estadual, de R$ 5,09 (é 1,77% inferior), segundo os dados da pesquisa da Agên­cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

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