A Petrobras informou aos clientes que vai reduzir os preços dos derivados de petróleo em suas refinarias a partir desta quinta-feira, 6 de fevereiro. O litro da gasolina vai recuar 4,3% e o do óleo diesel sofrerá queda de 4,4%. Significa que, nessa quinta-feira, as distribuidoras vão comprar gasolina R$ 0,0756 mais barata e o diesel, R$ 0,0917.
A Petrobras não aumenta a gasolina desde 1º de dezembro e o diesel, desde o dia 21 do mesmo mês. A queda acumulada no ano é de R$ 0,02156 e para a gasolina é de R$ 0,03236. Somente em 2020, os derivados de petróleo acumulam retração de 11,8% e 14,5%, respectivamente. Após consecutivos dias em queda, o petróleo do tipo brent, utilizado como referência pela Petrobras, passou a acelerar nesta quarta-feira (5). No início da tarde, por volta das 12h30, estava sendo negociado a US$ 56, o que representa uma alta de 4,41%.
A queda desta quinta-feira é a quarta anunciada pela estatal somente neste início de ano. Em 14 de janeiro, os preços dos combustíveis recuaram 3%. No último dia 24, a Petrobras reduziu o valor da gasolina em 1,5%, em média. O óleo diesel (S10 e S500) baixou 4,1%. No dia 31 de janeiro, a estatal determinou corte de 3% no valor de venda dos derivados de petróleo.
Segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 26 de janeiro e 1º de fevereiro, em 108 cidades paulistas, o preço médio da gasolina em Ribeirão Preto é de R$ 4,380 e o diesel está sendo vendido por R$ 3,680 – o diesel S10 custa em R$ 3,756, em média.
Nos postos da cidade, o litro da gasolina varia de R$ 4 (ou R$ 3,999 nos sem bandeira) a R$ 4,90 (nos bandeirados, R$ 4,998), com média entre R$ 4,35 (R$ 4,349 nos independentes) e de R$ 4,60 (ou R$ 4,599 nos franqueados), respectivamente. Há locais que vendem o produto por R$ 4,18 (sem-bandeira, a R$ 4,179) e R$ 4,70 (bandeirados, R$ 4,699).
Etanol
O preço do etanol combustível voltou a subir nas usinas paulistas na semana passada, depois de leve queda no período anterior, e o litro do produto segue acima da casa dos R$ 2, segundo dados divulgados na sexta-feira (31) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP).
O preço do hidratado não recuava nas unidades produtoras desde dezembro, quando sofreu duas quedas seguidas, entre os dias 9 e 20, de 0,82% e 0,16%, respectivamente, e no dia 24 caiu 0,33%. Agora, voltou a subir 1,18%, de R$ 2,0618 para R$ 2,0861. Antes da retração, o produto acumulava elevação de 3,89% desde as vésperas do Natal. O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% –, que havia baixado 0,57%, agora aumentou 0,2%, de R$ 2,2545 para R$ 2,2590. O derivado de cana-de-açúcar acumulava reajuste de 4,06% desde o final do ano passado.
A entressafra, o dólar e o aumento da demanda – a explosão de consumo foi causada, em parte, pelas correções no litro da gasolina, que agora começou cair nas refinarias – são as justificativas para explicar as altas. Segundo a ANP, o preço médio do etanol em Ribeirão Preto fechou a semana passada em R$ 2,942. Alguns postos voltaram a cobrar R$ 3,28 (ou R$ 3,279) pelo litro do álcool, outros vendem o produto por R$ 3,18 (ou R$ 3,179).
Nas bombas, varia de R$ 2,70 (independentes, R$ 2,699) a R$ 3,28 (franqueados, R$ 3,279), com médias de R$ 2,86 (R$ 2,859) e R$ 3,10 (R$ 3,099), respectivamente, mas há locais que praticam outros valores – R$ 2,84 nos sem-bandeira (R$ 2,839) e entre R$ 3,15 (ou R$ 3,149) e R$ 3,20 (R$ 3,199) nos bandeirados.
Considerando os valores médios da agência, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 67,1% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação que chega a 70%. Com base nas médias dos postos bandeirados (R$ 3,10 para o etanol e R$ 4,60 para a gasolina), a paridade está em 67,4%. Nos sem-bandeira da cidade (R$ 2,86 para o etanol e R$ 4,35 para o derivado de petróleo), a paridade está no limite, cerca de 65,7%.