A Petrobras aumentou o preço da gasolina em 3% e o diesel em 4% a partir desta quarta-feira, 16 de dezembro, nas suas refinarias, seguindo a alta dos preços do petróleo no mercado internacional. O diesel marítimo (bunker) será ajustado em 4,1%, informou a estatal.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a gasolina terá acréscimo de R$ 0,0518 e o diesel de R$ 0,0749, o que ainda deixa impraticável a importação desses produtos. O petróleo tem subido no mercado internacional.
A alta foi impulsionada pelo início da vacinação em alguns países, mas tem oscilado à medida que mais casos de covid-19 são anunciados. Nesta terça-feira (15), a commodity operava em torno de US$ 50 o barril, depois de ter chegado a cair a US$ 20 no auge da pandemia, em abril.
O último ajuste de preços da Petrobras ocorreu no dia 3 deste mês, quando a estatal reduziu o valor do litro da gasolina em 2%. Os valores finais aos motoristas dependem das distribuidoras e de cada posto, que acrescem impostos, taxas, custos com mão de obra e margem de lucro.
No ano, o diesel acumula redução de 13,3%. Já a gasolina tem recuo acumulado de 7,7%. O combustível teve 40 reajustes em 2020, até agora, sendo 19 aumentos e 21 reduções. Para o diesel, foram 31 reajustes no total, dos quais 16 foram aumentos e 15 diminuições de preços.
O consumidor deve analisar o desempenho de seu veículo antes de abastecer. A relação entre o preço do etanol e o da gasolina está no limite, em 69,6%, segundo o mais recente levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 6 e 12 dezembro, mas chegou a 70% 15 dias atrás.
De acordo com a ANP, o litro da gasolina vendida em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 4,213. O do etanol custa R$ 2,931.Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,931 para o litro do etanol e de R$ 4,213 para o da gasolina, já não é tão vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar.
Isso porque a paridade está no limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar quando a relação chega a 70%. Porém, por causa dos avanços tecnológicos e da melhor qualidade do etanol produzido no Brasil, especialistas dizem que este índice pode chegar a 80%.