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Pessoas não serão vacinadas em 2020

© REUTERS/Dado Ruvic/Direitos Reservados

O diretor do programa de emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mi­chael Ryan, afirmou nesta quar­ta-feira (22) que apesar das boas notícias quanto aos resultados das candidatas a vacina contra covid-19, é preciso se manter re­alista quanto aos prazos.

“Será a primeira parte do ano que vem antes de vermos as pessoas serem vacinadas”, disse durante sessão de per­guntas e respostas, ao lado da líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkho­ve. “A ideia de que teremos uma vacina em dois ou três meses e, de repente, esse vírus terá passado… Adoraria dizer isso a vocês, mas não é realista”.

Ryan ressaltou que todas as vacinas que passaram pelas fa­ses 1 e 2 foram aprovadas para prosseguir à fase 3, em termos de segurança e capacidade de gerar resposta do sistema imu­nulógico, o que é um sinal posi­tivo. “Nós estamos fazendo um ótimo progresso, não estamos perdendo candidatas até agora”.

Ele explicou que em testes da fase 3, que se iniciaram re­centemente para cerca de cinco vacinas, o imunizante é admi­nistrado em pessoas no mundo real e observado se elas ficam protegidas do vírus que circula. Vacinas como a desenvolvida pela Universidade de Oxford, do Reino Unido, e pelo laboratório chinês Sinovac estão nesta etapa.

Apesar dos resultados preli­minares positivos, o diretor de emergências ressaltou que certas precauções são imprenscindí­veis antes de administar a vacina à população em massa. “Temos que ter certeza que elas são efe­tivas e isso leva um tempo. Esta­mos acelerando o máximo pos­sível, mas não vamos, de forma alguma, pegar atalhos quando o assunto é segurança”.

Outro aspecto que Ryan es­clareceu foi a taxa de efetividade da imunização, já que não é pos­sível proteger 100% das pessoas. “Não sabemos em que ponto es­tamos nisso. Precisamos esperar para saber quão efetiva será essa proteção e quanto vai durar”.

Os Estados Unidos fecharam nesta quarta-feira um acordo com as farmacêuticas Pfizer e BioNTech para comprar, ainda neste ano, 100 milhões de doses da vacina contra a covid-19. As empresas informaram que não devem conseguir produzir mais do que isso em 2020.

Comunicado emitido pelas farmacêuticas afirma que o go­verno americano fez um pedido inicial de 100 milhões de doses e vai desembolsar um total de US$ 1,95 bilhão por elas, após a aprovação da profilaxia pela Agência de Alimentos e Drogas dos EUA (FDA, na sigla em in­glês). O acordo firmado ainda prevê entrega de até 600 milhões de doses aos EUA ao longo do ano seguinte.

Pfizer e BioNTech planejam produzir 100 milhões de doses – ou seja, o valor já contratado pelos EUA – até o final de 2020 e “potencialmente” mais de 1,3 bilhão de doses até o final de 2021, o que deve ser entre­gue ao restante do mundo. Na segunda-feira, dia 20, Pfizer e BioNTech anunciaram resul­tados positivos nos estudos da vacina experimental que de­senvolvem juntas.

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