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Pesquisa XP – Avaliação negativa do governo Bolsonaro é a pior

Foto: Arquivo/Agência Brasil

A avaliação negativa do governo Jair Bolsonaro atingiu a pior marca desde o início do mandato, segundo pesquisa da XP Investimentos e do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). Desde outubro do ano passado, a proporção de brasileiros que avaliam o governo como ruim ou péssimo tem crescido mês a mês e chegou a 52% no início de julho. Há nove meses, no menor nível recente, o índice era de 31%.

Já os que avaliam o governo como bom ou ótimo somam 25% neste mês. Em outubro do último ano eram 39%.Os que avaliam como regular são 21% e 2% não souberam ou não responderam. Metade dos brasileiros também disseram que tem expectativas negativas para o restante do mandato. O que esperam algo de bom são três a cada dez.

A pesquisa também mediu o apoio da população a possível afastamento de Bolsonaro. Em cinco meses, a proporção da população que apoia o impeachment subiu 3 pontos percentuais para 49%. Já os que são contra tinham vantagem no início do ano e perderam, em cinco meses, 2 p.p. para 45%. A pesquisa tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais. Foram ouvidas mil pessoas por telefone em todos os Estados entre os dias 5 a 7 de julho.

CNT – Com o avanço das investigações sobre denúncias de irregularidades na compra de vacinas contra a covid-19, a popularidade do presidente Jair Bolsonaro caiu ao seu patamar mais baixo desde o início do governo, aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA.

As entrevistas foram efetuadas entre 1º e 3 de julho. A avaliação positiva do governo (quando o entrevistado diz considerar a gestão ótima ou boa) caiu de 33%, em fevereiro de 2020, para 27,7% em julho deste ano. A queda levou a aprovação para o pior patamar desde o início da atual gestão, em janeiro de 2019.

A porcentagem de pessoas que responderam à pesquisa dizendo considerar o governo ruim ou péssimo subiu de 35% para 48,3% de fevereiro para julho. Outros 22,7% consideram a administração regular. Nesse quesito, os entrevistados são questionados de que maneira avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro: ótimo, bom, regular ou péssimo.

As entrevistas nas quais se baseia a pesquisa foram realizadas após a revelação de suspeitas de corrupção envolvendo a compra de vacinas. No dia 2, o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a investigar se Bolsonaro prevaricou no caso da compra da vacina indiana Covaxin.

A suspeita é de que ele não comunicou aos órgãos de investigação indícios de irregularidades na aquisição do imunizante pelo Ministério da Saúde. Além disso, cresceram nos últimos meses movimentos de rua pedindo o impeachment de Bolsonaro.

A Câmara também recebeu, na semana passada, o chamado “superpedido” de impeachment de Bolsonaro, assinado por movimentos e partidos de esquerda, siglas de centro, centro-direita e ex-bolsonaristas, com 46 assinaturas e 271 páginas. Com esse cenário, a aprovação pessoal de Bolsonaro também caiu, indo de 43,5% para 33,8%.

Nessa pergunta, o instituto questiona as pessoas consultadas se elas aprovam ou desaprovam o desempenho pessoal do presidente da República. A rejeição subiu de 51,4% para 62,5% no mesmo período. Ou seja, a quantidade de reprovação superou a de aprovação.

Cenário eleitoral – A pesquisa CNT/MDA também questionou os entrevistados em quem eles votariam caso as eleições presidenciais do ano que vem fosse hoje. O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva lidera as intenções de voto, com 41,3%, enquanto Bolsonaro tem 26,6%.

O ex-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT), por sua vez, registrou 5,9%, o mesmo patamar do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sérgio Moro. Se Bolsonaro for candidato a presidente no ano que vem, 22,8% disseram que votariam nele com certeza e 11,6% disseram que poderiam votar nele.

Por outro lado, 61,8% disseram que não votariam nele para presidente de jeito nenhum e 0,4% disse não conhecê-lo ou saber quem é. Se Lula confirmar a candidatura a presidente no ano que vem, 35,4% disseram que votariam nele com certeza e 17,1% disseram que poderiam votar nele.

Por outro lado, 44,5% disseram que não votariam nele para presidente de jeito nenhum e 0,1% disse não conhecê-lo ou saber quem é. Se a eleição para presidente fosse hoje, 52,6% votariam em Lula e 33,3% disseram que votariam em Bolsonaro, no caso de uma disputa no segundo turno entre os dois candidatos.

Para este cenário, 11,5% votariam branco ou nulo. Em outra simulação de segundo turno, Ciro aparece com 43,2% contra 33,7% de Bolsonaro. Para este cenário, 18,8% votariam branco ou nulo. Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança.

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