O estudo coordenado pela docente Karina Zoccal, do Centro Universitário Barão de Mauá, em parceria com a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, rendeu frutos promissores no que se refere ao uso da planta.
De acordo com a literatura, a Arcitum lappa – conhecida popularmente como bardana – possui propriedades fungicidas e cicatrizantes, já sendo utilizada para tratamentos de hipertensão, gota, hepatite e outras doenças inflamatórias.
Segundo Karina, a publicação abre novas perspectivas. “A sensação de publicar um artigo como coordenadora foi incrível. Com certeza, a publicação abriu novas perspectivas para a área acadêmica”, disse a docente.
O interesse pela planta se deu graças ao seu amplo potencial terapêutico demonstrado cientificamente. Alguns de seus compostos manifestaram efeitos antiproliferativos e apoptóticos (morte celular) em células leucêmicas e efeitos antitumorais no câncer de pâncreas.
“Os resultados do artigo trazem dados promissores, pois o extrato da Arctium lappa demonstrou, in vivo, diminuição do infiltrado de neutrófilos, do edema e das citocinas inflamatórias, além da redução da mortalidade dos animais que desenvolveram o tumor melanoma, regulando a inflamação”, ressaltou Karina.
Futuro da pesquisa
Ainda de acordo com Karina, o estudo está passando por triagens e os pesquisadores estão investigando outros compostos naturais a fim de potencializar os resultados.
“Depois, iremos dar continuidade, avaliando mecanismos das vias de sinalização, além de comparar com os medicamentos já existentes no mercado”, comentou.
A coordenadora ressaltou, ainda, o apoio do Centro Universitário para o desenvolvimento da pesquisa, tanto pelo Programa de Iniciação Científica, quanto pelo apoio financeiro para o desenvolvimento dela.