Tribuna Ribeirão
Economia

Pesquisa Acirp – Indústria de RP perde espaço para serviços

FOTO: ALFREDO RISK

Ribeirão Preto, conhecida por ser uma cidade de servi­ços, consolida cada vez mais esta sua vocação. Estudo reali­zado pela Associação Comer­cial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp) aponta que, nos últimos seis anos, o município registrou uma evolução na ge­ração de empregos pelo setor de serviços, que sempre preva­leceu sobre os demais.

Os dados mostram que a prestação de serviços concen­tra mais de 50% da força de trabalho, com um crescimen­to médio de 1,2% ao ano. Por outro lado, o estudo aponta que a indústria vem perden­do espaço nas contratações. O setor concentra menos de 10% da força de trabalho e registra uma queda média na emprega­bilidade de 3,6% ao ano.

Em contrapartida à di­minuição dos postos de tra­balho no setor industrial, o levantamento indica mais eficiência na produtividade. “As indústrias instaladas têm diminuído a necessidade de mão de obra, mas têm au­mentado sua contribuição no PIB (Produto Interno Bruto) do município em uma média de 8,87% ao ano”, aponta Re­nan Rocha, assessor de Rela­ções Institucionais da Acirp.

A Região Metropolitana de Ribeirão Preto também vem ganhando espaço no ranking estadual de VTI (Valor de Transformação Industrial) de­vido à desconcentração da ati­vidade industrial, movimento provocado pela saída das in­dústrias dos grandes centros e consequente migração para as regiões do interior.

“Em 2003, a participação da região metropolitana era de 2,5% e chegou a 3,1% em 2016. No ranking de contribuição na arrecadação estadual do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), principal imposto relacionado à produ­ção industrial, Ribeirão Pre­to saltou da 41º posição em 2019 para a 35° em 2020, um aumento de 15,84% em plena pandemia”, explica Rocha.

Com relação à participa­ção no Produto Interno Bru­to – a soma de todos os bens e serviços produzidos –, ape­sar da indústria ter registrado leve aumento de 2014 para 2018, passando de 11,49% para 12,51%, isso representa menos de um quinto da com­posição do Valor Agregado Bruto (VAB).

“Os setores de comércio e serviços detém 87% de partici­pação, o que reforça o posicio­namento do município como uma economia voltada para serviços”, conclui Rocha. Ape­sar da pesquisa da Acirp, o se­tor industrial obteve o melhor resultado em relação à geração de empregos no ano passado.

Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempre­gados (Caged) do Ministério da Economia, em Ribeirão Preto, o setor de serviços re­gistrou 49.351 contratações e 50.162 rescisões no ano pas­sado, déficit de 811 empregos formais.

O comércio fechou o ano com saldo negativo de 639 postos de trabalho, fruto de 23.863 admissões e 24.502 de­missões. Já a indústria admitiu 7.662 trabalhadores e demitiu 6.901, com saldo positivo de 761 empregos formais.

A construção civil fechou o ano passado com superávit de 417 carteiras assinadas, fruto de 7.834 admissões e 7.417 demissões.

Outro estudo feito pelo Ins­tituto de Economia da Acirp mostra que Ribeirão Preto vem se tornando uma cidade majo­ritariamente de serviços. No primeiro trimestre de 2019, o setor contava com 31.731 em­presas na cidade, 3,9% a mais que a quantidade de estabele­cimentos comerciais (30.538) contabilizadas no período.

São 1.193 estabelecimentos prestadores de serviços acima das lojas comerciais, em gran­de parte resultado da crise do emprego que assolou a cidade entre 2015 e 2016 e começou a mostrar recuperação em 2017, mas voltou a cair com a pande­mia de coronavírus.

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