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Perdas de energia passam de R$ 28 bi 

Com 168 novas usinas de geração de energia em funcionamento, Brasil fechou o primeiro semestre com incremento de 5,7 GW de potência na matriz elétrica (Ari Versiani/PAC )

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou na quinta-feira, 18 de julho, um balanço de perdas totais de energia no ano de 2023, que somaram R$ 28,8 bilhões em custo aproximado e parcialmente pago pelos consumidores.  
 
O transporte da energia resulta inevitavelmente em perdas técnicas, pois parte da energia é dissipada no processo de transporte. No ano passado, esse conta representou cerca de R$ 12 bilhões. Já as perdas não técnicas têm origem principalmente nos furtos (ligação clandestina) e fraudes (adulterações no medidor ou desvios), erros de leitura, medição, etc. Esse grupo representou cerca de R$ 16,8 bilhões. 
 
Em 2023, as perdas totais representaram 14,1% da energia injetada, sendo 7,4% referente às perdas técnicas (42,0 TWh) e 6,7% às perdas não-técnicas (38,2 TWh). As perdas não técnicas regulatórias, que são reconhecidas nas tarifas, foram da ordem de 27,3 TWh. 
 
Comparativamente, o consumo residencial da região Sul em 2023 foi de 26,9 TWh, segundo o Anuário Estatístico de Energia Elétrica 2024 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O consumidor do mercado regulado arca parcialmente pela fraude ou furto de energia na tarifa. 
 
Com 168 novas usinas de geração de energia em funcionamento, o Brasil fechou o primeiro semestre de 2024 com um incremento de 5,7 gigawatts (GW) de potência instalada na matriz elétrica. O número representa um aumento de 18,7% em relação ao primeiro semestre de 2023 e um recorde nos últimos 27 anos para o período.   
 
Apenas em junho deste ano, houve um incremento de 889,51 megawatts (MW) com a entrada em operação de 27 usinas, sendo 13 eólicas, 10 fotovoltaicas e quatro termelétricas. A matriz elétrica é o conjunto de fontes disponíveis para a geração de energia elétrica em um país, como hidrelétricas, usinas eólicas, solares e termelétricas.  
 
Segundo a Aneel, a previsão de crescimento da geração de energia elétrica do país para 2024 é de 10,1 GW, menor que a do ano passado, quando houve crescimento de 10,3 GW. Atualmente, a capacidade instalada de energia elétrica do Brasil, ou seja, a quantidade máxima de produção de energia do país, soma 203,8 gigawatts. Desse total em operação, 84,62% das usinas são consideradas renováveis. 
 
As quatro maiores fontes renováveis que compõem a matriz de energia elétrica brasileira são a hídrica (53,88%), eólica (15,22%), biomassa (8,31%) e solar (7,2%). Entre as fontes não renováveis, as maiores são gás natural (8,78%), petróleo (3,92%) e carvão mineral (1,7%). 
 

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