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Perda de água recua 43,64%

Perdas de água em Ribeirão Preto recuaram, atingindo 43,64% em 2022, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento Básico (Mateus Ferreira/Arquivo )

 
Município segue com atendimento universalizado de saneamento básico e menor índices de perdas 
 
Nesta segunda-feira, 15 de janeiro, foi publicado o relatório do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento Básico (SNIS 2023), referente aos índices de 2022, o qual pontuou melhorias no sistema de abastecimento em Ribeirão Preto. As perdas de água no município recuaram, atingindo 43,64% em 2022.  
 
No início da gestão, em 2017, os índices de perdas chegavam a 62%. Com a implantação do Programa de Gestão, Redução e Controle de Perdas, esses valores vêm reduzindo consideravelmente a cada ano e a previsão é de uma redução ainda maior até o final de 2024, em que pretendemos atingir os índices em torno de 30%”, afirma o prefeito Duarte Nogueira (PSDB). 
 
A redução de perdas no sistema de abastecimento é uma das principais metas da Secretaria Municipal de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Saerp), que vem investindo mais de R$ 130 milhões na implantação do programa, visto que o saneamento básico na cidade já é universalizado, atingindo índices de 100% de atendimento de água, 99,72% da coleta de esgoto e 100% do tratamento desses rejeitos.  
 
“O nosso objetivo está na melhoria do sistema de saneamento básico, principalmente o de abastecimento, tornando-o ainda mais eficiente a fim de garantir a distribuição ininterrupta de água à toda população de Ribeirão Preto”, alega o secretário de Água e Esgoto, Antônio Carlos de Oliveira Jr..  
 
Para isso, estamos setorizando o sistema de abastecimento na cidade, buscando a redução de perdas de água, que já está em 43,62%, perfurando novos poços, construindo novos reservatórios e investindo em projetos que indicarão o planejamento hídrico a curto, médio e longo prazo”, diz. 
 
Para assegurar a eficiência do sistema de abastecimento, também estão previstas melhorias na produção e reservação da água. Para tanto, a secretaria vem investindo na perfuração de dois novos poços, um no bairro Lagoinha e outro no Jardim Paiva, que irão aumentar a produção de água para mais de dez bairros das regiões Leste e Oeste. 
 
Também investe na construção de seis novos reservatórios, com capacidade de dois milhões de litros cada nas diversas regiões do município. Ainda dentro do Programa de Gestão, Controle e Redução de Perdas, também estão previstos investimentos na gestão do parque de medições da cidade.  
 
“Se por um lado estamos investindo na modificação da distribuição da água para reduzir as perdas, precisamos também ter um parque de medições atualizado, para assegurar o bom funcionamento e gestão das ligações nos imóveis, que hoje são mais de 210 mil ativas em Ribeirão Preto 
 
Para tanto, iremos investir mais de R$ 7 milhões na aquisição de novos hidrômetros, além de outros investimentos para garantir a eficácia desse parque”, afirma o diretor técnico da Saerp, Lineu Andrade. Além das melhorias no sistema de abastecimento, que já atende 100% da cidade, a Saerp vem investindo em projetos para assegurar a distribuição de água a longo prazo em Ribeirão Preto. 
 
“São mais de R$ 5 milhões em estudos, sendo mais de R$ 3 milhões para a realização do Projeto Básico do Sistema Produtor do Rio Pardo, que trará a viabilidade técnica, operacional, econômica, financeira e ambiental para a implantação do sistema complementar de abastecimento por águas superficiais”, diz Oliveira Jr.,  
 
“Tem mais de R$ 2 milhões para o estudo inédito de Resiliência do Aquífero Guarani, que trará dados importantes sobre o manancial para que possamos planejar com eficácia a produção e distribuição de água para a toda a população”, conclui o secretário da Saerp.  
 
Em 6 de julho do ano passado, a Secretaria Municipal de Água e Esgotos assinou novo contrato de financiamento junto à Caixa Econômica Federal. Pretende obter recursos para investir no projeto de estudo que prevê a captação de água do Rio Pardo para reforçar o abastecimento na cidade.  
 
O projeto prevê a captação, tratamento e distribuição da água para fins de complementação do abastecimento para toda a cidade. O valor total previsto para a elaboração dos estudos é de R$ 3.118.368,93, dos quais R$ 2.962.450,48 serão financiados pelo antigo Ministério do Desenvolvimento Regional – foi dividido em dois: Cidades e Integração Nacional. 
 
Os R$ 155.918,45 restantes tratam da contrapartida da Secretaria Municipal de Água e Esgotos de Ribeirão Preto. A secretaria já tem a outorga liberada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que autoriza a utilização de três metros cúbicos por segundo da água do rio. 
 
Atualmente, o abastecimento de água em Ribeirão Preto é totalmente feito a partir do Aquífero Guarani, mas estudos geológicos apontam queda nos níveis do manancial, acendendo o alerta quanto à preservação da fonte e necessidade de busca de novas alternativas de captação de água.  
 
As perdas totais no sistema de distribuição de água em 2021 foram de 47%. Em 2020 ficaram em 49,06%, ante 52,9% de 2019 e 55% em 2018.  Os dados são do Ranking de Saneamento Básico das 100 Maiores Cidades 2023”, do Instituto Trata Brasil e GO Associados. O índice de desperdício despencou em cinco anos, de 61,5% em 2017 para 47%, ainda está acima da média nacional, de aproximadamente 40%.  
 

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