As 10 maiores Centrais Sindicais do Brasil, incluindo a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiras), a qual o Sindicato dos Servidores é filiado, apresentaram suas pautas legislativa e jurídica para o ano de 2022. O lançamento se deu na Comissão de Direitos Humanos (CDH) no início desta semana. Em linhas gerais, a pauta apresentada representa os interesses e anseios da nossa categoria, pois busca se contrapor às reformas neoliberais feitas a partir de 2016, especialmente trabalhista e previdenciária. Queremos, antes, e acima de tudo, a revogação das injustiças!
Nas últimas reformas implantadas de baixo para cima, sem discussão, o governo impôs projetos que retiraram direitos dos trabalhadores e diminuíram o papel do Estado como indutor do desenvolvimento social. Tudo foi feito com a promessa de gerar milhões de empregos e aumentar a renda da classe trabalhadora. Todos nós sabemos que tanto a reforma trabalhista, como a reforma previdenciária, não geraram emprego algum e muito menos aumentaram a renda dos trabalhadores brasileiros.
A agenda apresentada no Senado Federal unifica os esforços da nossa Central Sindical, a CTB, com os esforços da CUT, da Força Sindical, da UGT, da NCST, da CSB, da Intersindical, da CSP Conlutas, da Intersindical e da Pública, na busca da ampliação da proteção social e trabalhista, na geração de empregos de qualidade e com crescimento dos salários, baseados sempre no desenvolvimento econômico inclusivo do nosso país.
Além de apresentar a posição das centrais sobre dezenas de projetos trabalhistas em pauta no Parlamento, a agenda legislativa também se posiciona sobre projetos de combate ao racismo estrutural, ao avanço do desmatamento, à liberação de agrotóxicos, à ocupação de terras indígenas, e apoia a igualdade salarial entre homens e mulheres.
Durante a sessão de lançamento do documento, os representantes das Centrais Sindicais apontaram saídas pró-retomada do desenvolvimento. Adilson Araújo, presidente da CTB, que por diversas ocasiões esteve em Ribeirão Preto para reforçar nossa luta, chegando a participar, inclusive, de greve da nossa categoria, destacou que “não há como crescer apoiado nessa política econômica do governo federal. Nem haverá melhorias se ficarmos em uma reforma trabalhista que não gera emprego. O que não deu certo precisa ser revogado”.
Já o presidente da CUT, companheiro Sérgio Nobre, disse que a agenda legislativa apresentada conjuntamente pelas Centrais Sindicais busca reverter o processo de precarização nas contratações. “Toda vez que o Brasil cresceu foi com investimento e planejamento do Estado. Essa Agenda pode ser uma bandeira e instrumento de luta da classe trabalhadora”.
A agenda legislativa das centrais é, ao mesmo tempo, uma homenagem à unidade dos trabalhadores e a quem tem esperança. Nós, do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto, Guatapará e Pradópolis, sempre apostamos na unidade e na luta e nunca deixamos que o governo conseguisse nos tirar a esperança.
Com esse pensamento e com essa disposição, a diretoria do nosso sindicato sempre tem colocado na atualidade questões relevantes do interesse dos servidores que são debatidas pelo Poder Legislativo local. Sempre transmitimos para os trabalhadores um conjunto de orientações e preocupações sobre o que é debatido e votado na Câmara Municipal, atuando de forma altiva em defesa dos nossos direitos e anseios.
O lançamento da agenda legislativa dos trabalhadores no Senado Federal renova a convicção de que por aqui estamos há anos no caminho certo, trabalhando o planejamento e a unidade como elementos fundamentais para uma atuação sindical combativa, eficaz e mobilizadora.