Sucesso de público e crítica, a comédia besteirol “O Mistério de Irma Vap” estará em cartaz no Theatro Pedro II, em Ribeirão Preto, nos dias 23 e 24 de abril – sábado, às 20 horas, e domingo, às 19 horas. Os protagonistas são Luis Miranda e Mateus Solano na montagem adaptada e dirigida pelo encenador Jorge Farjalla, a partir do texto de Charles Ludlam.
O evento é mais uma promoção da Teatro GT. A trama original se passa em um lugar remoto da Inglaterra e conta a história de Lady Enid, a nova esposa do excêntrico Lord Edgar. Ela tem que se adaptar a viver em uma mansão mal-assombrada pelo fantasma da primeira esposa de seu marido, Irma Vap – lugar onde o filho do casal foi morto por um lobisomem.
Na casa, há uma governanta que assume a posição de rival da recém-chegada. Para retomar o amor de seu marido, Lady Enid come o pão que o diabo amassou e pratica peripécias divertidas. Em cena, dois atores interpretam os vários personagens, entre humanos e assombrações.
O texto foi montado pela primeira vez em 1984 em um pequeno teatro em Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos, pela companhia Ridiculous Theatrical Company, do próprio Charles Ludlam. Ele fez uma paródia dos clássicos e inspirou-se em um gênero da Inglaterra Vitoriana chamado “penny dreadful” (que pode ser traduzido como terror a tostão) para criar um novo tipo de comédias, o melodrama vitoriano.
Diferente da história original, a versão é situada em um trem fantasma de um parque de diversões macabro. “Usamos como referência os filmes de terror, como ‘Pague para Entrar, Reze para Sair’, de Tobe Hooper; ‘Rebecca’, de Alfred Hitchcock, e a estética dos anos 80”, diz o diretor e encenador Jorge Farjalla.
“Mergulhamos também no universo do videoclipe de ‘Thriller’, de Michael Jackson, que foi dirigido pelo cineasta John Landis, uma referência do que é um filme de horror. Além disso, a obra também tem várias citações de William Shakespeare, principalmente de ‘Hamlet’. Desfragmentamos todas as camadas do texto para ver o que estava por trás dele e ressignificar a obra”, conta.
A primeira e icônica montagem brasileira do texto, com direção da saudosa atriz Marília Pêra e atuação de Ney Latorraca e Marco Nanini, estreou em 1986 e ficou em cartaz durante onze anos consecutivos, o que garantiu ao texto o registro no livro Guiness World Records. A peça ficou marcada na história do teatro por uma espécie de gincana de troca de figurinos por Nanini e Latorraca.
Os ingressos custam R$ 150 (plateia), R$ 120 (frisa e balcão nobre) e R$ 100 (balcão simples). Têm direito a 50% de desconto estudantes, coordenadores pedagógicos, supervisores e diretores e professores de escolas públicas da rede municipal e da estadual (mediante apresentação de documento comprobatório como carteirinha da instituição, boleto de mensalidade ou holerite).
A meia-entrada vale também para aposentados (com documento específico), idosos acima de 60 anos (com cédula de identidade, o Registro Geral, RG) e portador de deficiência com acompanhante. Essas pessoas vão pagar R$ 75, R$ 60 e R$ 50, respectivamente. Os ingressos serão vendidos no guichê do teatro e no site do Ingresso Digital (https://ingressodigital.com).
Sócios do Teatro GT também têm 50% de desconto. O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Porém, por causa da covid-19, vai disponibilizar 70%, cerca de 1.000 poltronas.
Sessões
O telefone do Pedro II para mais informações: (16) 3977-8111. O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos, que podem participar acompanhados dos pais. O uso de máscara é opcional. Para acessar o espaço será exigido o comprovante vacinal completo ou teste negativo (PCR 48 horas ou antígeno 24 horas). O comprovante pode ser físico, carteira de vacinação ou digital, pelo aplicativo Conecte SUS.