Tribuna Ribeirão
Cultura

Pedro II recebe ópera da Minaz

CLAUDIO FRATESCHI

A Cia. Minaz estará no Theatro Pedro II de Ribeirão Preto neste final de semana para reapresentar sua mon­tagem da ópera “Carmina Burana”, do alemão Carl Orff (1895-1982), que estreou há 14 anos e ganhou reconheci­mento nacional ao ser trans­mitida diversas vezes pela TV Senado no programa “Quem tem medo de música clássica”.

No palco serão 300 vozes dos corais da Cia. Minaz, os solistas Anita Furlan, Ma­riana Cunha, Ozório Chris­tovam e Homero Velho, os bailarinos Isabella Pessotti, Rafael Ravi e os atores Rober­ta Grilo e Fabrício Papa. Eles estarão acompanhados por instrumentistas sob a regên­cia da maestrina e criadora da companhia, Gisele Gana­de. O espetáculo tem direção cênica de André Cruz e ce­nário e figurinos Núcleo de Montagens da Minaz.

As apresentações serão neste sábado, 24 de agosto, às 20h30, e no domingo (25), às 19 horas. Os ingressos cus­tam R$ 40 (plateia, frisa e balcão nobre) e R$ 20 (balcão simples. Já a meia-entrada só vale para estudantes com carteirinha da instituição de ensino, professores da rede pública (municipal e esta­dual) com apresentação de holerite ou documentação e aposentados e idosos acima de 60 anos com documento comprobatório (cédula de identidade, RG).

Essas pessoas têm 50% de desconto e vão pagar R$ 20 e R$ 10, respectivamente. Crianças de até dois anos não pagam. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro, no site especializado Ingresso Rápido (www.ingressorapido. com.br) e na sede da Cia.Mi­naz (rua Carlos Chagas nº 259, Jardim Paulista). Não será per­mitida a entrada após o início do espetáculo. Quem chegar atrasado também não poderá trocar o ingresso e não haverá devolução de dinheiro.

A Fundação Pedro II tam­bém proíbe o consumo de comidas e bebidas no local. O teatro fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pesso­as, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Telefones para mais informa­ções: (16) 3977-8111 (Pedro II) e (16) 3941-2722 (Minaz) ou no site da companhia (www.minaz.com.br). O es­petáculo não é recomendado para menores de 12 anos de­vido ao horário.

A ópera “Carmina Burana”
“Carmina Burana” é uma coletânea de poemas e canções dos séculos XII e XIII encon­trados no século XIX na aba­dia beneditina de Beuern, na Bavária superior. Eram poe­mas profanos de monges e eru­ditos errantes (goliardos) em latim medieval, alemão ver­nacular e vestígios de frânci­co. Johann Andreas Schmeller (1785-1852), linguista alemão, publicou a coletânea em 1847 sob o título de “Carmina (“can­ções”) “Burana (latinização de Beuern).

Carl Orff (1895-1982), compositor alemão que dedi­cou grande parte da carreira à pedagogia musical, selecio­nou parte desses poemas para compor sua cantata baseada nos ciclos da vida humana re­gidos pela “Roda da Fortuna”, símbolo da antiguidade que tem como conceito a eterna transformação da vida em ciclos de constante mudança em boa e má sorte. A canta­ta tem início com um apelo à deusa “Fortuna Imperatrix Mundi” e divide-se poste­riormente em três partes.

A primeira, “Primo Vere”, mostra o encontro do ho­mem com a natureza, é ale­gre, festiva e intercala-se em corais, coro piccolo e um solo de barítono. A segunda parte, “In Taberna”, mostra o encontro do homem com os dons da natureza, mas de uma forma decadente, cen­tra-se no vinho e seus efeitos. É interpretada por coro mas­culino e solos de barítono e tenor. A terceira parte mostra o encontro do homem com o amor “Cour d’amours”.

Tem peças lânguidas e vo­luptuosas dividindo-se em co­rais infantis, solos de barítono e soprano e grandes tuttis. O ciclo é encerrado com o apelo à “fortuna, soberana do mun­do” como finalizando um giro completo da roda da fortuna retornando ao seu ponto ini­cial, a primeira canção – “Ó Fortuna”. “Carmina Burana” estreou em 1937 e é a primei­ra de três cantatas da trilogia “Trionfi-Trittico Teatrale”, de Carl Orff, seguida por “Catulli Carmina” (1943) e “Trionfi dell’Afrodite” (1952).

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