Tribuna Ribeirão
Cultura

Pedro II recebe ‘A Cor Púrpura’

FOTO: CYNTIA SALLES

“A Cor Púrpura – O mu­sical”, apresentado pelo Mi­nistério do Turismo (MTur) e por Bradesco Seguros, ini­ciou sua temporada em se­tembro de 2019, fazendo um extremo sucesso de público e crítica. Recebeu 75 prêmios e 87 indicações – duas delas ainda sem resultados divul­gados. Foram 82 apresenta­ções, distribuídas entre Rio de Janeiro, São Paulo e Salva­dor alcançando um público de 54.445 espectadores.

O espetáculo vai desem­barcar em Ribeirão Preto nesta sexta-feira, 18 de mar­ço, para uma temporada de três dias no Theatro Pedro II. As apresentações serão entre 18 e 20 de março, até domingo. Com versão musi­cal inédita no Brasil, retorna aos palcos após longa pausa causada pela pandemia de coronavírus. O espetáculo tem direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo (1951-2021).

Após temporadas de su­cesso no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Salvador, o musical inicia a retomada de sua turnê pela capital paulis­ta, trazendo à cena a produ­ção que consagrou o espetá­culo: 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de seis metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário.

Alice Walker foi a primei­ra escritora negra a ganhar o Pulitzer pelo seu livro “A Cor Púrpura”, lançado em 1982, que continua contemporâneo ao retratar relações humanas, de amor, poder, ódio, em um mundo pontuado por estru­turais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero.

Com direção de Steven Spielberg, a obra foi adaptada para o cinema em 1985, rece­bendo onze indicações ao Os­car. Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulit­zer, Grammy e Tony, “A Cor Púrpura” é um musical base­ado em uma história passada na primeira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com perso­nagens típicos dessa região.

Com um elenco em sua maioria escolhido por meio de testes, o musical apresen­ta a trajetória e luta de Celie (Letícia Soares) contra as ad­versidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Ge­órgia, no decorrer da primei­ra metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu supos­to pai, que a oferece a um fa­zendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Har­pho), lavar, passar e trabalhar sem remuneração.

Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie e passa a morar com o marido Mister. Enquanto Ce­lie resigna-se ao sofrimento, Sofia e Shug entram em cena, mostrando que há possibi­lidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é per­meada por questões sociais de extrema relevância até os dias atuais como a desigual­dade, abuso de poder, racis­mo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.

O texto adaptado para o teatro é de Marsha Norman, com músicas de Brenda Rus­sell, Allee Willis e Stephen Bray. No elenco estão Letí­cia Soares e mais 16 atores. A direção musical é de Tony Lucchesi, com assistência de direção de Flávia Rinaldi, figurino de Ney Madeira e Dani Vidal e coreografia de Sueli Guerra.

Os ingressos custam R$ 120 (plateia, frisa e balcão no­bre) e R$ 75 (balcão simples). Têm direito a 50% de descon­to estudantes, coordenadores pedagógicos, supervisores e diretores e professores de es­colas públicas da rede muni­cipal e da estadual (mediante apresentação de documento comprobatório como cartei­rinha da instituição, boleto de mensalidade ou holerite).

A meia-entrada vale tam­bém para aposentados (com documento específico), ido­sos acima de 60 anos (com cédula de identidade, o Re­gistro Geral, RG) e portador de deficiência com acompa­nhante. Essas pessoas vão pa­gar R$ 60 e R$ 37,50, respec­tivamente. Os ingressos serão vendidos no guichê do teatro e no site do Mega Bilheteria (megabilheteria.com).

O Theatro Pedro II fica na rua Álvares Cabral nº 370, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. O local tem capacidade para 1.588 pessoas, mas parte foi interditada por segurança. Atualmente conta com 1,3 mil lugares. Porém, por causa da covid-19, vai disponibili­zar cerca de 700 poltronas.

O telefone do Pedro II para mais informações: (16) 3977-8111. O espetáculo não é recomendado para menores de 12 anos, que podem par­ticipar acompanhados dos pais. Na sexta-feira (18), a sessão terá início às 20 horas, no sábado (19) às 20h30 e no domingo (20), às 17 horas.O complexo arquitetônico é um dos principais patrimônios culturais e históricos da cida­de, sendo referência para os ribeirão-pretanos.

É o terceiro maior teatro de ópera do Brasil. Os espetáculos seguirão os protocolos de segu­rança de contenção da covid-19, que asseguram o bem-estar do público, funcionários, artistas e produções. Para o espaço será exigido o comprovante vaci­nal completo ou teste negativo (PCR 48 horas ou antígeno 24 horas). O comprovante pode ser físico, carteira de vacinação ou digital, pelo aplicativo Co­necte SUS.

A equipe do Pedro II tam­bém preparou o Manual do Espectador, que está disponí­vel na entrada do teatro, com orientações e diretrizes ao público. Entre as medidas es­tão o distanciamento de um metro entre as pessoas, evitar aglomeração na entrada e sa­ída do espetáculo, proibição de encontro com artistas, en­tre outras.

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