Tribuna Ribeirão
Geral

Pedro II apoia o Janeiro Roxo

ALFREDO RISK

O Theatro Pedro II de Ribeirão Preto mais uma vez ilumina sua fachada em apoio à campanha Janei­ro Roxo – Todos contra a hanseníase, da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH). O mês é dedicado a ações de conscientização so­bre a doença desde 2016.

A iluminação roxa foi inau­gurada na noite de segunda­-feira (16) e permanecerá até a madrugada do dia 30, data celebrada em todo o planeta como o Dia Mundial das Do­enças Tropicais Negligenciadas (NTD World Day-Neglected Tropical Diseases Day).

A hanseníase é uma do­ença tropical negligenciada e o Brasil ocupa o segundo lu­gar no mundo em número de casos – atrás da Índia – além de concentrar 93% dos casos diagnosticados nas Américas. As DTNs são um grupo de 20 doenças que podem ser evita­das e tratadas, mas, se negli­genciadas, desfiguram, seque­lam e podem ser fatais.

Essas doenças são alvo de preconceito, tiram crianças da escola, afastam trabalhadores de suas atividades, criam ci­clos de pobreza, pois afetam especialmente as comunida­des e pessoas mais vulneráveis em todo o planeta e, por con­sequência, também no Brasil.

Mais de uma a cada cinco pessoas no mundo são afeta­das por uma doença negligen­ciada — mais de 1,7 bilhão de pessoas. A SBH e a campanha Todos contra a hansenía­se são parceiras oficiais do NTD World Day. Uma das ações importantes para os organizadores da campanha mundial é a iluminação de fachadas e patrimônios.

Além do Theatro Pedro II, a fachada da Associação de Engenharia, Arquitetu­ra e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP) entidade com quase 75 anos de fun­dação, já está iluminada. O Senado Federal também já inaugurou a iluminação roxa, a pedido do senador Fabiano Contarato (PT-ES) por solicitação da SBH.

Pedro II
No dia 7 de maio do ano passado, Ribeirão Preto ce­lebrou os 40 anos de tomba­mento do Theatro Pedro II pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arque­ológico, Artístico e Turísti­co (Condephaat), que desde 1982 considera o espaço pa­trimônio cultural do Estado de São Paulo.

O Pedro II foi construído entre 1928 e 1930 a pedido do advogado João Alves Mei­ra Júnior, um dos fundadores da Cia. Cervejaria Paulista. O projeto foi elaborado pelo arquiteto Hippolyto Gustavo Pujol Júnior, e a parte estru­tural da construção coube à empresa alemã Kemmitz.

O prédio enfrentou uma tragédia em 1980: em 15 de julho, durante a exibição do filme “Os Três Mosqueteiros Trapalhões”, um incêndio des­truiu a cobertura, o forro do palco e grande parte do inte­rior, incluindo-se o teto. A re­construção só teve início mais de dez anos depois, em 1991, liderada pela construtora Já­bali Aude.

A reinauguração aconte­ceu em 1996. Na cúpula está uma obra-prima desenhada por uma das principais artis­tas plásticas do Brasil: o lustre de cristal “Gota D’Água”, de Tomie Ohtake (1913-2015), é coberto por uma cúpula de gesso estrutural, com a fixa­ção de lâmpadas especiais que fazem suas luzes passar por entre os recortes, criando um efeito escultural único.

Com 1.400 quilos, tem 2,7 metros de altura por 2,2 me­tros de largura e possui cerca de 80 lâmpadas. Deve passar por limpeza e manutenção em fevereiro. O Theatro Pedro II vai completar 93 anos em 8 de outubro. É o palco principal da Orquestra Sinfônica de Ri­beirão Preto (Osrp).

Postagens relacionadas

Infraestrutura assume Cemitério Bom Pastor

Redação 1

Entrevista – Livro inova ao trazer a balística como ciência independente

William Teodoro

IBGE: apenas 11,1% dos brasileiros ficaram rigorosamente isolados em novembro

Redação 1

Utilizamos cookies para melhorar a sua experiência no site. Ao continuar navegando, você concorda com a nossa Política de Privacidade. Aceitar Política de Privacidade

Social Media Auto Publish Powered By : XYZScripts.com