O mês de fevereiro registrou o menor número de pedidos de recuperação judicial desde dezembro de 2023. Foram 122 solicitações, índice que reflete uma queda de 27,81% em comparação com o mesmo período de 2024, quando 169 ações foram impetradas. Também recuou 24,69% em relação aos 162 de janeiro deste ano.
Os dados são do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil. Revela, ainda, que do total de solicitações, a maior parte (78) foi feita por “Micro e Pequenas” empresas, seguidas pelas “Médias” (27) e “Grandes” companhias (17).
De acordo com a economista da Serasa Experian, Camila Abdelmalack, a redução nos pedidos pode estar associada a uma maior capacidade das empresas em renegociar suas dívidas. “Houve uma desaceleração no ritmo de pedidos de recuperação judicial nos últimos dois meses”, diz.
“Entretanto, a expectativa de enfraquecimento da atividade econômica, devido ao ambiente restritivo de juros, sugere potencial aumento dos pedidos ao longo do ano”, avalia Camila. A economista ainda destacou a tendência dos dados de inadimplência divulgados pela da Serasa Experian.
“Em janeiro de 2024, foram registradas 7,1 milhões de empresas inadimplentes, o patamar recorde da série histórica. Se houver deterioração adicional, consequentemente poderá ter reflexos nos pedidos de recuperação judicial”.
Ainda de acordo com o indicador, em fevereiro o setor de “Serviços” foi o que mais demandou por recuperações judiciais (58), enquanto o “Setor Primário” registrou o menor número em fevereiro (sete). Em relação aos pedidos de falência, o mês de fevereiro contabilizou 60 solicitações, uma redução de 25,0% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Assim como nos pedidos de recuperação judicial, as “Micro e Pequenas” empresas representaram a maioria dos requerimentos (30), seguidas pelas “Médias” (21) e “Grandes” (9). Na visão por setores, os pedidos se dividiram entre “Serviços” (23), “Indústria” (18), “Comércio” (16), e “Primário” (16).
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