Tribuna Ribeirão
Política

Pedido de prisão é ‘extinto’ com ação

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto (SSM-RP) desistiu da ação im­petrada ano passado contra a prefeitura para impedir o avan­ço do processo de terceirização do setor de saúde no municí­pio e a extinção foi confirmada pelo juiz Reginaldo Siqueira, da 1º Vara da Fazenda Pública.

Em 2017, na véspera da vota­ção de um recurso do Executivo na Comissão de Justiça e Reda­ção da Câmara – a popular Co­missão de Constituição e Justiça (CCJ) –, a entidade obteve uma liminar da juíza Mayra Callega­ri Gomes de Almeida, na época na 1ª Vara da Fazenda Públi­ca, proibindo que o projeto de qualificação de organizações sociais (OS’s) para prestação de serviços terceirizados fosse le­vado ao plenário, sob risco de a administração ter de arcar com multa de R$ 1 milhão.

No último dia 21 de março, porém, a advogada do SSM/RP, Regina Márcia Fernandes, re­quereu a extinção da ação, sob a alegação que o objeto – impedir que a Câmara votasse o projeto de qualificação das chamadas OS’s – não existe mais, uma vez que o Legislativo não votou a matéria e a prefeitura desistiu da proposta – optou por contra­tos de gestão com a Fundação Hospital Santa Lydia para admi­nistração das Unidades Básicas Distritais de Saúde (UBDS’s) Central e do Quintino Facci II, na Zona Norte, a Vila Virgínia e da Unidade de Pronto Atendi­mento (UPA) da Treze de Maio, na Zona Leste.

Esse modelo deve viabilizar a abertura da UPA do Sumare­zinho, na rua Cuiabá, na Zona Oeste, que era o alvo do projeto das OS’s. A advogada Tais Roxo da Fonseca, que representa 33 servidores efetivos da UBDS Central, insatisfeitos com a transferência para outras unida­des já que gestão do chamado Pronto-Socorro Central passou para a Fundação Hospital Santa Lydia, entrou com petição na 1ª Vara da Fazenda em que pedia para ser considerada parte inte­ressada na ação.

Ela diz que foi pega de sur­presa com a posição do SSM/RP. “Causa espanto o requeri­mento de desistência da ação apresentado pelo sindicato nesse momento tão grave para a saúde pública em Ribeirão Peto”, diz. Tais Roxo da Fonse­ca chegou a pedir, na petição de reconhecimento dos ser­vidores da UBDS como parte interessada, a prisão do pre­feito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) e do secretário da Saú­de, Sandro Scarpelini, mas não há mais amparo jurídico para as detenções por suposta deso­bediência a ordem judicial.

Em nota enviada pela Coor­denadoria de Comunicação So­cial (CCS), a prefeitura informa que “a 1ª Vara da Fazenda Públi­ca de Ribeirão Preto extinguiu a ação coletiva movida pelo Sindi­cato dos Servidores Municipais contra a terceirização do Sistema Único de Saúde (SUS), portan­to não há amparo jurídico para o pedido de prisão do chefe do Executivo e do secretário da Saú­de, por suposta desobediência a ordem judicial.”

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