O espetáculo “Violetas na janela”, que tem o espiritismo como temática, desembarca em Ribeirão Preto neste final de semana para apresentação única no Teatro Municipal. A peça baseada no livro homônimo de Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho foi adaptada para os palcos por Ana Rosa, que também assina a direção – o marido Guilherme Corrêa, que dividia a tarefa com ela, morreu em 2006. Estreou em 1997 e está há mais de 20 anos em cartaz. A direção musical é de Cláudio Suisso.
A apresentação em Ribeirão Preto será neste sábado, 18 de maio, às 19 horas. Os ingressos custam R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada) e estão à venda no site www.mageabilheteria. com (Mega Bilheteria), na Loja Espírita do Novo Shopping (avenida Presidente Kennedy nº 1.500, Ribeirânia) e no guichê do espaço cultural no dia do evento (dinheiro, débito e cartão de crédito). Para compra online tem taxa adicional.
A meia-entrada vale para estudantes do ensino fundamental, médio, graduação e pós-graduação – com apresentação do boleto de pagamento original do mês, caso a carteirinha não tenha validade vigente –, aposentados, pessoas acima de 60 anos e professores da rede pública. Crianças menores de dois anos (de colo) não pagam. O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, no Jardim Mosteiro. O espaço tem capacidade para receber 515 pessoas – estacionamento para 40 veículos. Mais informações pelo telefone (16) 3625-6841. O espetáculo não tem restrição de idade.
Ana Rosa sempre divulgou a doutrina espírita, que lhe deu forças em momentos difíceis de sua vida – ela perdeu o filho Maurício, de um ano, vítima de leucemia, quando era casada com o comediante Dedé Santana, e depois, em 1994 a filha Ana Luísa, de 18, atropelada em acidente de carro, filha de seu segundo casamento com Guilherme Corrêa. Além da paulista Ana Rosa Guy Galego – tem o nome no “Guinness Book” como a atriz que mais fez novelas no mundo e também é bailarina, escritora e musicista –, um grande elenco estará no Municipal de Ribeirão Preto.
O espetáculo
O homem continua sua busca incessante no sentido de ampliar sua capacidade de percepção e atingir sua unidade básica, pessoal e direta com Deus. Nunca um número tão grande de pessoas buscou tantas alternativas ou se interessou por experiências místicas e espirituais como agora. Estamos em plena era da revolução da consciência. O conhecimento e a prática das religiões orientais e ocidentais é uma realidade. Até mesmo a ciência procura explicação para fenômenos espirituais através da parapsicologia e da própria psicologia.
A literatura é pródiga em técnicas de terapia de regressão a vidas passadas, cura quântica, cura holística, memória holográfica, meditação transcendental, viagens astrais, experiências de quase morte, etc. Quem de nós já não passou pela dor da perda de uma pessoa querida e não se sentiu compelido a refletir sobre a existência da vida após a morte? “Violetas na janela” mostra com simplicidade as experiências de Patrícia, uma garota que desencarnou aos dezenove anos e acordou numa colônia espiritual onde a vida continua.
Fala de suas descobertas, dúvidas, necessidades, da busca pelo auto-conhecimento, seus receios, afetos, seus amores. Uma colônia onde há hospitais, escolas, teatros, meios de transporte, bibliotecas, onde a tecnologia avançada convive em harmonia com a natureza, os homens, os animais. Um lugar onde é respeitado o livre arbítrio e a justiça reinante é a do amor.
Mas, no Universo infinito também existem outros lugares mais e menos felizes. Para qual deles nós iremos após a morte do corpo, só depende de nós mesmos; do que e de como estamos fazendo aqui e agora.
“Violetas na janela” estreou no Teatro Vanucci em 7 de maio de 1997, onde ficou em cartaz durante nove meses. Foi a peça teatral de maior público naquele ano. Viajou por todo o país alternando temporadas em São Paulo e Rio de Janeiro. Trata da vida após a morte, a partir do desencarne de Patrícia. Tudo com uma leveza e toques de humor que se encarregam de dar graça ao espetáculo. A trilha sonora foi composta especialmente por Claudio Suisso e os mais de dez atores que se revezam em cena são mais um atrativo para o público.
A Editora Petit festejou em dezembro de 2003 o total de um milhão de livros vendidos. Segundo Ana Rosa, as pessoas vêm se interessando cada vez mais pelo tema da reencarnação. O cinema americano já apresentou filmes como “Ghost”, “O sexto sentido”, “Os outros” e tantos mais. A televisão brasileira também abordou a mesma temática em novelas como “A viagem”, “Almas gemas”, “O profeta” e “Amor, eterno amor”. Esse talvez seja um dos motivos do grande sucesso da peça “Violetas na janela”, que continua sua jornada e completa 22 anos em 2018.