O maestro Reginaldo Nascimento anunciou o novo spalla da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto. A convite do regente titular da Osrp, o violinista Paulo Paschoal já vem atuando como convidado em concertos e óperas na cidade e estreou oficialmente no posto no primeiro concerto da temporada 2023, em 11 de março, no palco principal do Theatro Pedro II.
Violinista da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) há 28 anos, Paschoal já fez várias turnês internacionais. Foi professor no Instituto Baccarelli, spalla da Sinfônica de Sorocaba e de Santo André. Já se apresentou como solista com as orquestras Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo, Sorocaba, Santo André, Osesp e outras.
Tem CDs gravados com a Osesp, Orquestra de Câmara Banespa, Orquestra Villa-Lobos, Santo André, gravações com Roberto Carlos, Chico César, Leonardo, Sandy & Junior e Zizi Possi, entre e outros. Dividiu o palco com nomes como Ney Matogrosso, Milton Nascimento, Paula Lima, Zezé Di Camargo e Luciano.
Tem CDs solo, com destaque para “Violino e Violão”, com obras de Niccoló Paganini (1782-1840), tributo a Zequinha de Abreu (1880-1935), Abel Ferreira (1915-1980) e The Beatles (1960-1970), entre outros. Spalla é o primeiro violino de uma orquestra e atua como apoio do maestro. Ele tem várias funções a começar pelos bastidores.
É o spalla que faz o “desenho” das arcadas – num concerto é possível observar a mesma posição dos arcos dos instrumentos de cordas, o que garante uma estética peculiar ao naipe dos violinos, violas, violoncelos e contrabaixos.
Ainda nos bastidores, é a figura do primeiro violino que transmite orientações do maestro à orquestra. Todos os naipes têm seus chefes, mas apenas o primeiro violino tem a cadeira de spalla porque é considerado a ponte entre o maestro e todos os músicos da orquestra. Dentre todos os instrumentos, o naipe de violinos é o que reúne a maior quantidade de músicos.
Há ainda uma divisão no grupo entre os primeiros violinos, que executam a principal melodia da obra, e os segundos violinos, que também fazem a melodia, mas, principalmente, dobram os primeiros violinos numa tessitura mais grave e, muitas vezes, fazem o acompanhamento.
Nos concertos, é o spalla que senta na primeira fila dos violinos, do lado esquerdo do maestro, e é o músico que sobe ao palco depois que toda a orquestra está posicionada e inicia a afinação dos instrumentos. Só então o maestro entra e, em todos os palcos do mundo, cumprimenta o spalla para iniciar o concerto.
“Os concertos da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto são tradicionais na agenda cultural da cidade. O público conhece as obras e sabe avaliar as execuções, há uma plateia formada. Por isso, para este público e para as novas plateias que queremos conquistar, a Sinfônica preza por músicos de excelência desde que iniciou sua história há um século”, comenta o maestro Reginaldo Nascimento.
“Conheci mais a cidade com o amigo e maestro Reginaldo Nascimento, conheci essa orquestra e a história dela. É um grupo importante no cenário cultural, tem ainda um papel sério na área de responsabilidade social, com projetos nos bairros de Ribeirão Preto, e tem excelentes músicos. Tudo isso torna a Sinfônica de Ribeirão única e fico feliz em estar no grupo a partir de agora”, diz o violinista Paulo Paschoal.