A Páscoa é uma das mais importantes datas para as religiões cristãs. Celebra a ressurreição do Cristo, depois de sua tortura e morte. Páscoa vem da palavra hebraica “Pessach”, que significa passagem e é usada pelos judeus para comemorar a sua libertação, depois de anos de escravidão e submissão aos faraós do Egito. Era assim, uma festa não religiosa, mas, nela se imolava um cordeiro. A comemoração da Páscoa tem origem remota e remete às comemorações pela chegada da primavera, no Hemisfério Norte. Era festa pagã. Com o advento do Cristianismo e da crença de que o Cristo morreu por nós e depois ressuscitou no terceiro dia, a Páscoa passou a ser a segunda data do Cristianismo, atrás somente do Natal.
Ela passa a simbolizar o renascimento, não só físico do Messias, mas a possibilidade do ressurgimento de cada um de nós. A Páscoa é precedida da Quaresma, tempo de penitência e abstinência, de introspecção e preparo para um ressurgir em nossas vidas. As igrejas católica e ortodoxa mantém o mesmo significado para a Páscoa, porém, depois do Grande Cisma de 1054, comemoram em datas distintas. A Igreja Católica usa o calendário gregoriano para fixar o dia e a Igreja Ortodoxa usa o calendário juliano, para o mesmo fim. Neste ano de 2019, os católicos comemorarão a Páscoa no dia 21 de abril e os ortodoxos no dia 28 de abril.
O Concílio de Nicéia de 325, o primeiro ecumênico da Igreja Católica, realizado na cidade que lhe deu o nome, na Turquia, fixou a comemoração da Páscoa no primeiro domingo depois da lua cheia do equinócio de março. Equinócio é quando a duração do dia e da noite é igual. No Hemisfério Norte marca a chegada da primavera, no Sul o início do outono.
Para os judeus, a “Pessach” continua sendo uma comemoração da liberdade e momento para aumentar a conscientização de que precisam sempre manter esta liberdade. Dura uma semana, com várias solenidades e comidas que lembram as tradições judaicas. Neste ano, começa na noite do dia 21 e vai até o início da noite do dia 28 de abril.
O ovo e o coelho de Páscoa entraram nas comemorações de maneira diversa. A tradição de presentear com ovos é milenar e precede à Páscoa religiosa. O ovo sempre foi símbolo de renascimento e desde a China antiga havia o costume de decorar ovos inteiros ou esvaziados e dá-los aos amigos e parentes, na chegada da primavera. O mesmo costume já existia na Europa no período antes de Cristo, juntamente com o costume de escondê-los para que as crianças os achassem.
Com o advento do Cristianismo, o costume passou a ser praticado na Páscoa e, com advento da indústria do chocolate, os ovos passaram a ser feitos deste fruto americano.
A simbologia do coelho é mais recente, surgiu na Alemanha no século XVI e se expandiu pelo mundo, também como comemoração da chegada da primavera, no Hemisfério Norte. O coelho é o primeiro animal a sair de suas tocas com a chegada desta estação e por ser grande e rápido reprodutor, simboliza a fertilidade, o nascimento e a esperança na vida.
Os dois símbolos, o ovo de chocolate e o coelho da Páscoa, também de chocolate e o costume de se esconderem os dois para a procura das crianças, constituem hoje uma prática universal.