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Ciência e Tecnologia

Parque australiano recebe “maior exemplar” de aranha-de-funil

Uma assim apelidada “mega aranha” foi recebida pelo Australian Reptile Park, em New South Wales, Austrália, com a instituição de conservação de animais afirmando se tratar do “maior exemplar” de aranha-de-funil que eles já viram.

As aranhas-de-funil são pequenas se comparadas a outras espécies de aracnídeos, então evidentemente esse exemplar refere-se apenas aos indivíduos entre a sua espécie. Abaixo de nosso bloco intitulado “Leia também”, vamos publicar uma imagem do animal e, ao longo do texto, alguns fatos de interesse relacionados a aranhas, mas fica aqui o alerta de gatilho para portadores de aracnofobia ou outros medos similares.

Imagem mostra um tratador animal segurando um contêiner com uma aranha-de-funil
Um parque de conservação animal na Austrália afirma que a aranha-de-funil doada a eles anonimamente é “a maior” que eles já viram (Imagem: Australian Reptile Park/Divulgação)

O exemplar de aranha-de-funil do parque mede cerca de oito centímetros (8 cm) de pata a pata (envergadura entre primeira pata da frente e a última de trás) e presas de aproximadamente 2 cm. Excluindo isso, o aracnídeo mede 5 cm de corpo – todas essas, medidas relativamente acima da média para a espécie.

“Ela é estranhamente grande e, se pudermos convencer o público a realizar mais doações de aranhas como ela, isso vai resultar em mais vidas sendo salvas do poderoso veneno que ela pode produzir”, disse Michael Tate, oficial educacional do parque, à CNN. “Nós realmente queremos descobrir de onde ela veio para quem sabe encontrarmos mais exemplares MASSIVOS como ela”, disse o especialista, que ressaltou que a doação da “mega aranha” foi anônima.

Segundo a página oficial do museu de história natural australiano, há hoje cerca de 40 espécies de aranha-teia-de-funil, classificadas em um de dois gêneros majoritários: Hadronyche e Atrax. Na Austrália, elas são bastante comuns na região leste do país, variam entre as cores preta ou marrom e todas têm uma carapaça mais dura para proteger o corpo.

Ao contrário de outras espécies, essa aranha prefere construir pequenas tocas no chão ou em superfícies planas, com o seu nome se referindo à forma como ela dispersa sua teia. Nem todas as 40 espécies são perigosas, mas as que são, são dotadas de glândulas venenosas bem grandes e suas presas são fortes o suficiente para penetrar em unhas ou alguns sapatos.

Vale lembrar que, embora grande, a aranha-teia-de-funil não é a maior da Austrália, se considerarmos outras espécies: a caranguejeira-de-apito (Selenocosmia crassipes) detém a honra com seus 9 cm de corpo e média de 16 cm de envergadura.

Na escala mundial, a maior aranha atualmente registrada é a aranha-golias (Theraphosa blondi, conhecida em alguns lugares pelo apelido nada amistoso de “comedora de pássaros”, embora elas não façam isso com frequência): embora outras espécies tenham pernas mais longas, a T.blondi tem quase 200 gramas (g) de massa, dando-lhe a coroa por pura opulência.

Nenhuma delas, contudo, consegue tirar a coroa do Brasil neste assunto: tida como a aranha mais perigosa do mundo devido à letalidade de seu veneno, a aranha armadeira (Phoneutria fera e P. nigriventer) é normalmente encontrada em ambientes úmidos e com sombras – como dentro de folhas de bananeira. Altamente nocivo ao sistema nervoso, o veneno da armadeira pode causar salivação severa, ritmo cardíaco irregular, febre alta, suor, forte dor no local da picada, dificuldades respiratórias acentuadas, tonturas e surtos de vomitação. Ah, sim: ereções prolongadas e bem dolorosas nos homens – um efeito chamado “priapismo” que, antes que os leitores masculinos se animem, pode levar à amputação. Sim, daquilo.

Sobre a doação na Austrália, um comunicado divulgado pelo parque dizia: “[Ela] estava em um contêiner plástico sem nenhum rótulo que indicasse de onde veio. Os tratadores estão ansiosos para saber dessa informação pois têm esperança de encontrar exemplares igualmente grandes para que possam ajudar na produção de maiores quantidades do soro antiaracnídeo”.

Via Olhardigital

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