O Parlamento do Reino Unido aprovou na tarde desta terça-feira, 29 de outubro, a antecipação de eleições gerais no país. A moção foi aprovada quase por unanimidade, por 438 votos a 20. A eleição foi marcada para 12 de dezembro.
A expectativa é de que a eleição ajude a pôr um fim ao impasse envolvendo o Brexit, depois de o acordo negociado entre o Reino Unido e a União Europeia ter sido rejeitado diversas vezes neste ano e o prazo para a saída do país do bloco ter sido ampliado duas vezes.
Decisão de sair da União Europeia deixou os britânicos com a tarefa de conduzir o processo sem fazer um rompimento brusco. A aprovação ocorreu graças à mudança de posição do líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, que era contrário à proposta. Segundo ele, o novo adiamento do Brexit possibilitou o apoio da oposição às novas eleições.
Em carta ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, confirmou que concorda com a extensão da data do Brexit por três meses, até janeiro. Mesmo assim, destacou que a extensão “indesejada” está “prejudicando nossa democracia e a relação entre nós e nossos amigos europeus”.
Ele acrescenta que preferiria que o Parlamento britânico, que aceitou sua proposta de acordo, mas rejeitou a tramitação acelerada dela, procedesse direto à ratificação do pacto. Por medo de que o Parlamento continue a advogar por uma extensão. Johnson reitera na carta ter convocado eleições no país.