Tribuna Ribeirão
Saúde

Paralisia infantil – Ministério diz que há risco de pólio

TOMAZ SILVA/AG.BR.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) pediu ao Ministério da Saúde informações sobre o risco en­frentado por cidades brasileiras de retorno da poliomielite. A pasta informou no sábado, 30 de junho, que 312 cidades estão em situação de alto risco, 44 no Esta­do de São Paulo, em virtude das baixas coberturas vacinais. Pelo menos 800 mil crianças estão sem proteção contra a doença, uma situação classificada pela presidente da Sociedade Bra­sileira de Imunização, Isabella Ballalai, como “inadmissível”.

No ofício encaminhado ao secretário de Vigilância em Saúde Osnei Okumoto, a pro­curadora federal dos Direitos do Cidadão Deborah Duprat solici­ta informações sobre as causas do problema e sobre as medidas desencadeadas para tentar resol­vê-lo. O Ministério Público Fe­deral também quer saber quais as ações previstas na política nacional de imunização para so­lucionar a situação e dá prazo de cinco dias para o recebimento das respostas, em razão da “gra­vidade e urgência do problema”.

O Ministério da Saúde admitiu, na semana passada, haver alto risco de retorno da poliomielite em pelo menos 312 cidades brasileiras, 44 no Estado de São Paulo. O alerta foi feito em uma reunião com secretários estaduais e muni­cipais de saúde. “É uma situ­ação gravíssima”, afirmou na oportunidade a coordenadora do Programa de Imunização, Carla Domingues. Estão na lista de maior risco para pólio municípios que não consegui­ram atingir nem 50% da co­bertura vacinal.

“Uma cidade com esses indicadores tem todas as con­dições de voltar a transmitir a doença em nosso País. Será um desastre para a saúde como um todo.” O último caso registrado no Brasil foi em 1990. Quatro anos depois, a Organização Mundial da Saúde (OMS) de­clarou a doença erradicada das Américas. A recomendação é de que a cobertura vacinal con­tra pólio seja superior a 95%. A situação mais grave é na Bahia, onde 15% dos municípios imu­nizaram menos do que 50% das crianças, seguido do Maranhão, com 14,29%. Em todo o País, apenas Rondônia, Espírito San­to e Distrito Federal não têm cidades sob risco elevado.

A campanha de vacinação contra a doença no Brasil deve ocorrer de 6 a 24 de agosto. Por meio de nota, o ministério in­formou que, atualmente, a co­bertura vacinal no Brasil contra a poliomielite é de 77%. Diante de casos identificados na Ve­nezuela, a pasta enviou nota de alerta para estados e municípios sobre a importância de alcançar e manter cobertura maior ou igual a 95%, além da necessida­de de notificação e investigação imediata de todo caso de para­lisia flácida aguda que apresente início súbito em indivíduos me­nores de 15 anos.

Em Ribeirão Preto, no ano passado, na campanha de mul­tivacinação para crianças e ado­lescentes com idade até 15 anos, a meta era imunizar 131 mil pes­soas com as doses das vacinas disponíveis – além da paralisa infantil, contra mais 17 tipos de doenças, entre elas tuberculose, rotavírus, febre amarela, saram­po, meningite e HPV. Também foi ofertada a pentavalente, que combate cinco tipos de doenças: difteria, tétano, coqueluche, me­ningite (Haemophilus b) e hepa­tite b, que é destinada às crianças de 2, 4 e 6 meses de idade.

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