Há cerca de quinze dias a Igreja Católica em Ribeirão Preto e seus fiéis, mais especificamente do tradicional bairro Campos Elíseos comemoraram o anúncio que a paróquia Santo Antônio de Pádua foi elevada pelo Vaticano à Basílica Menor. Na prática, o reconhecimento dá mais poderes à paróquia. O anúncio aconteceu no ano que se comemora o centenário da chegada dos monges olivetanos a Ribeirão Preto.
Apesar do anúncio ter sido feito há duas semanas, a aprovação pelo Vaticano ocorreu em 4 de março. De acordo com as regras e hierarquia da Igreja Católica, agora como Basílica Menor, a paróquia de Santo Antônio tem, na prática, mais poderes, privilégios e importância.
Entre eles, o de status internacional e não estar submetido à jurisdição eclesiástica local. Também passa a ter um altar reservado ao papa, ao cardeal ou ao patriarca.
Os responsáveis pela paróquia ressaltaram o reconhecimento do Papa Francisco aos monges tibetanos e sua importância na cidade. Os monges chegaram a Ribeirão Preto em 1919 (ver texto nessa página) e são parte importante na história da arquidiocese.
Igreja foi fundada em 1947
A Igreja Santo Antônio de Pádua faz parte da história e desenvolvimento do bairro Campos Elíseos de Ribeirão Preto.
De acordo com um trabalho de pesquisa feito pelo professor Marcio Luis Souza, da UNESP-Franca, o bairros dos Campos Elíseos foi originado a partir de um núcleo colonial, denominado Antônio Prado, que surgiu em 1889.
O núcleo era responsável em proporcionar lotes de terras a imigrantes. A maior parte dos imigrantes era católica italiana, a Ordem dos Olivetanos, com sede na Itália foi então convidada a se estabelecer na cidade e o primeiro bispo, Dom Alberto José Gonçalves, optou pela construção da Igreja de Santo Antonio e do Santuário das 7 Capelas.
A Igreja, construída com o apoio de gente humilde e trabalhadora, foi inaugurada em 1947. Ela tem o estilo românico lombardo e nas obras foram utilizadas as pedras extraídas do local onde foi construído o Santuário das 7 Capelas. Tanto para uma edificação como para outra, aos recursos da Ordem dos Olivetanos vieram somadas as contribuições da população do bairro. As obras, aliada à Santa Casa, foram responsáveis pelo desenvolvimento do bairro.
Basílica Menor, o que é
Em arquitetura, basílica é um grande espaço coberto, destinado à realização de assembleias cuja origem remonta à Grécia Helenística. O seu modelo foi largamente desenvolvido pelos Romanos, sendo mais tarde adaptado como modelo para os templos cristãos.
Basílicas maiores
As basílicas maiores (em latim: basilica major), antigamente conhecidas como “basílicas patriarcais” e hoje chamadas de basílicas papais, estão, desde o século XVII, diretamente sob autoridade do papa. Têm privilégios especiais e abrigam um altar e um trono papal. Nos Anos Santos, abrem as suas “Portas Santas”. São elas:
Basílica de São Pedro – Vaticano – Basílica de Nossa Senhora Aparecida – Aparecida, São Paulo, Brasil; – Basílica de Santa Maria Maior – Roma; – Basílica de São João de Latrão – Roma; – Basílica de São Paulo Extramuros – Roma. – Basílica de São Francisco de Assis, em Assis; – Basílica de Santa Maria dos Anjos, em Assis
Existem ainda algumas igrejas de peregrinação; como contêm relíquias particularmente importantes, o papa Bonifácio VII (r. 1294–1303) determinou indulgência plena a quem as visitasse. São as quatro basílicas papais:
Basílica de São Sebastião das Catacumbas; – Basílica de São Lourenço Fora de Muros; – Basílica de Santa Cruz de Jerusalém; e – Basílica de São Geraldo – Curvelo / Brasil.
Basílicas menores
Basílica Menor é um título honorífico concedido pelo Papa a igrejas em diversos países do mundo consideradas importantes por diversos motivos tais como: veneração que lhe devotam os cristãos, transcendência histórica e beleza artística de sua arquitetura e decoração.
Só em Roma há 59 basílicas menores. No Brasil são cerca de 80.