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Pandemia elimina 9.891 empregos

JF PIMENTA-ESPECIAL PARA O TRIBUNA

Nesta terça-feira, 28 de ju­lho, a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia divulgou os números do Ca­dastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). De acordo com a pasta, a pan­demia do novo coronavírus obrigou a economia de Ribei­rão Preto a encerrar mais 245 vagas de emprego com cartei­ra assinada em junho. Foram 5.175 admissões e 5.420 de­missões no mês passado.

No primeiro semestre des­te ano, o déficit recorde de empregos formais na cida­de é de 8.124 vagas, fruto de 39.645 contratações e 47.769 rescisões. É o pior resultado semestral em 24 anos, desde o início da série do Caged. O saldo de junho, no entanto, é melhor do que o do sexto mês de 2019, quando as principais atividades econômicas da ci­dade admitiram 7.401 pessoas e demitiram 7.686, com rombo de 285 vagas, 40 a mais – me­lhorou 14% no mês passado.

Na comparação entre os semestres, a queda neste ano chega a 477,3%. São 10.277 carteiras assinadas a menos em 2020. Nos seis primeiros meses de 2019, Ribeirão Preto admi­tiu 51.082 pessoas e demitiu 48.929, saldo positivo de 2.153. O resultado no atual exercício – quase cinco vezes inferior – só não foi pior por causa dos superávits de janeiro (461) e fevereiro (1.306). O Ministério da Economia alterou o sistema de divulgação de dados e faz ajustes mensais. Os números mudam todo mês.

Na comparação entre os quatro meses da pandemia – de março a junho – com o mesmo período do ano pas­sado, a cidade perdeu 10.307 empregos. O saldo do quadri­mestre de 2019 foi de 416 no­vas carteiras assinadas, contra o déficit de 9.891 da quaren­tena, uma retração de 2.477%, com um rombo quase 25 ve­zes superior em 2020. A in­formação quadrimestral está no painel do ministério, mas a soma dos resultados de março a junho indica 500 empregos a mais, ou seja, o déficit seria de 9.391. Isso ocorre por cau­sa de ajustes, segundo a pasta.

De acordo com a mais re­cente atualização, em março foram fechadas 1.168 vagas. O déficit de abril, o maior da história para o mês em Ribeirão Preto, foi de 5.330 postos de trabalho extintos. Em maio, o rombo chegou a 2.648. Nos quatro meses em que a quarentena imposta pela pandemia foi implan­tada plenamente – come­çou no final de março e foi flexibilizada na primeira quinzena de junho, mas de­pois voltou ainda mais rígida –, Ribeirão Preto já perdeu 9.391 empregos com carteira assinada, mas o ministério aponta 9.891.

O resultado de junho, ape­sar de negativo, traz um pouco de ânimo aos principais seto­res da economia ribeirão-pre­tana. O déficit de 245 vagas está 90,7% abaixo do rombo de 2.648 carteiras assinadas de maio, mostrando que 2.403 trabalhadores foram contrata­dos ou mantiveram o empre­go. O saldo negativo do mês passado é dez vezes inferior ao anterior.

Ribeirão Preto fechou o ano passado com superávit de 3.260 vagas – fruto de 99.483 admissões e 96.223 demissões. Ficou 53,1% abaixo do saldo de 2018, de 6.958 novos empregos formais (96.236 contratações e 89.278 rescisões), com 3.698 carteiras assinadas a menos em 2019. Mesmo assim, a cidade obteve o quarto superávit mais expressivo do estado.

Ficou atrás da capital (80.831), Barueri (7.546) e Suzano (4.917). O resultado mais expressivo da última dé­cada na cidade foi registrado em 2010, quando fechou o período com saldo de 14.352 empregos formais, fruto de 109.136 admissões e 94.784 demissões. Já o pior desempe­nho foi constatado em 2015, no auge da crise econômica, com déficit de 6.323 postos de trabalho – 98.572 contrata­ções e 104.895 rescisões.

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