Na noite desta terça-feira, 18 de dezembro, o Centro Cultural Palace abriu as portas para a exposição fotográfica do artista brasileiro Wanderson Alves. Intitulada “Devir”, a mostra ficará em cartaz até 5 de janeiro de 2019 na rua Álvares Cabral nº 322, no Quarteirão Paulista, Centro Histórico de Ribeirão Preto. A entrada é franca.
Wanderson Alves é fotografo pós-graduado em Filosofia Contemporânea e Fotografia. Atualmente faz mestrado em Estética e Estudos Artísticos – Fotografia e Cinema – na Universidade Nova de Lisboa, em Portugal. O trabalho do artista foi publicado no livro “Arte Brasileira na Contemporaneidade”.
Ele também participou de diversas exposições individuais e coletivas, entre as quais “Cidade (Re)Velada”, em 2014 na cidade de Phoenix, Arizona, Estados Unidos, onde também realizou residência artística através de uma parceria com o Phoenix Institute of Contemporary Art (Phica. Na sequência, uma de suas fotografias foi escolhida para fazer parte do acervo permanente do Mesa Contemporary Arts Museum.
Ted G. Decker, diretor, curador e cofundador do Instituto Phoenix de Arte Contemporânea, nos Estados Unidos, descreve da seguinte maneira o trabalho do fotografo brasileiro: Em “Devir”, Wanderson Alves expõe e partilha a sua visão pessoal do conceito filosófico de ‘tornar-se’ – em evolução pessoal – com a apresentação de fotos que entrelaçam sentimentos pessoais, com experiências de vida e ideias filosóficas, que acabam por resultar em ricas tapeçarias fotográficas”, diz.
“Formalmente, Wanderson Alves utiliza, com habilidade, processos fotográficos tradicionais a partir de preferências pessoais e de anos de experiência em trabalhos com agências fotográficas comerciais no Brasil. Os seus tons de preto são ricamente profundos, expressando a profundidade da solidão e de mundos interiores, enquanto definem e moldam a imagem geral. Os tons de cinza são requintados e proporcionam ao espectador a passagem para zonas intermédias – que ficam entre extremos e incongruências, paixão e angústia, amor e perda, e aquele espaço limiar onde a maioria das coisas acontece na vida, de onde a maioria dos sentimentos emana, onde a maioria dos pensamentos é desencadeada”, emenda.
O jornalista e consultor Marcos Pizano também escreveu sobre o projeto de Wanderson Alves: “As narrativas visuais do artista, em constante processo de pesquisa, buscam estimular a reflexão do público por intermédio de uma poética singular e de uma linguagem sofisticada. Esta jornada imprime em cada imagem um instigante mistério: o desvelar sem descrever. É o registro do profundo desconforto do olhar sobre o inefável, com a lente da arte, que provoca um atraente estranhamento nas suas imagens.”