Tribuna Ribeirão
Ciência e Tecnologia

País tem mais de 7,2 mi de sites desprotegidos

Mapeamento da internet brasileira feito pela BigData Corp a pedido da Serasa Expe­rian em junho deste ano aponta que 40,10% dos sites do país não estão seguros, o que represen­ta um total de 7,2 milhões de endereços. Estes sites não pos­suem o certificado de segurança (SSL – Secure Socket Layer), que promove uma conexão segura utilizando a criptografia entre o servidor e os dados trafegados, o que evita o roubo de dados du­rante a transação.

O estudo também mos­tra que no mesmo período de 2016 o percentual de sites sem a proteção era ainda maior: 62,42%. Ainda que o país tenha assistido um rápido avanço na adoção do SSL no período, o volume de sites sem os certi­ficados de segurança ainda é considerado alto. Outro as­pecto que chama a atenção no estudo é o fato de que, mesmo entre os que possuem os sites que possuem certificados de segurança, perto de um quarto (24.97% ou 2,73 milhões) estão expirados e precisam ser reno­vados. E outros 3,7 milhões, ou 34,07% dos que possuem o certificado, terão suas licenças expiradas em até três meses.

“É bom lembrarmos que no restante do mundo, no entanto, em média, apenas 8,57% dos sites não possuem essa prote­ção. E a questão ganha uma relevância ainda maior no mo­mento em que sites sem certifi­cados de SSL são expostos pelo Google com avisos de “não seguros” e deixam de aparecer nos primeiros lugares nas bus­cas feitas pelo Google”, comen­ta Thoran Rodrigues, CEO e fundador da BigData Corp. Ou seja, segundo Rodrigues, em­presas que mantêm sites sem a camada de SSL poderão ser prejudicadas pois terão seus sites nas últimas páginas de re­sultados nos sites de busca.

Maurício Balassiano, diretor de certificação digital da Serasa Experian, alerta que os consumi­dores devem ficar atentos para que seus dados, sejam bancários ou pessoais, não fiquem à mercê de possíveis golpistas. “Para isso, basta verificar se há cadeado na barra de endereço, ou se há um “s” após o http (https), indicando segurança, além da identificação de “seguro” e “não seguro” dada por alguns navegadores”, ensina.

Os dois executivos apontam que o certificado expirado é algo ainda mais crítico para as em­presas. Quando certificado está expirado e um usuário tenta acessar o site, seja por meio de uma busca ou quando o usuá­rio digita direto o endereço, o navegador mostra uma página vermelha de erro, com um aviso informando que aquele endere­ço não é seguro, assustando o in­ternauta. Dessa forma, ter o cer­tificado expirado é, na verdade, pior do que não ter o certificado.

Um a cada cinco e-com­merces não está seguro
Tendo em vista os vários tipos de sites, blogs são a ca­tegoria na qual os certificados SSL têm a maior penetração – 80,89% deles possuem essa proteção. “Isso se deve quase inteiramente ao fato de que boa parte deles está hospeda­da em grandes plataformas, que instalam o certificado au­tomaticamente para eles”, ex­plica o CEO da BigData Corp. Naturalmente, e-commerces (78,77%) e sites corporativos (73,47%) vêm em seguida.

Mesmo que os e-commer­ces tenham um alto percentu­al de proteção em relação aos demais tipos de site, é impor­tante ter-se em conta que, por se tratarem de sites que transa­cionam dados bancários, o per­centual de 21,23% de sites inse­guros é alto. Isso significa que aproximadamente um em cada cinco sites de comércio eletrô­nico não possui o certificado de segurança que criptografa os dados transacionados.

Um dado do estudo que sur­preende é o fato de que mais de um terço (37,36%) dos grandes sites com mais de meio milhão de visitas mensais não possuam certificados SSL. O índice é se­melhante (37,51%) entre os sites médios – com mais de 10 mil e meio milhão de visitas men­sais. Entre os pequenos – que recebem menos de 10 mil visi­tas mensais, o SSL está presente apenas em 41,98% deles.

Do ponto de vista da idade das empresas que mantêm sites com SSL, as mais antigas, com 20 anos ou mais, são a maioria – respondendo por uma parti­cipação 36,75%. Em segundo lugar, com 20,42% estão os sites entre 5 e 10 anos, e os de 10 a 15 anos (18,37%). São Paulo lide­ra a participação dos sites que possuem SSL (33,77%), segui­do por Minas Gerais (9%), Rio de Janeiro (8,8%) e Rio Grande do Sul (8,03%).

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